Mykonos LGBTQIAPN+ e a Grande Diva Grega

Desde que Jackie O, um ícone eterno de sofisticação e glamour, colocou a então pacata Mykonos no mapa, em 1968, durante sua lua de mel com Aristóteles Onassis, a ilha tornou-se queridinha da nobiliarquia internacional e, é claro, do público LGBTQIAPN+

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A marca de Jackie O é sentida em Mykonos desde a compra da The Pink House. A casa pintada de rosa tornou-se um ícone da arquitetura e do estilo da ilha, onde predominam as características construções brancas. A ex-primeira-dama mais famosa do planeta costumava visitar Mykonos regularmente, promovendo encontros sociais e festas luxuosas, que duravam até o amanhecer. Não é surpresa que sua influência direta tenha contribuído para transformar Mykonos em um refúgio gay.

Atraídos pelo ambiente acolhedor e pela atmosfera descontraída da ilha, a migração LGBT parte em direção a Mykonos já em junho, com fluxo intenso entre julho e agosto, quando festas circuit e festivais como o XLSIOR (22 e 28 de agosto de 2024), bem mais agitados do que os classudos petites comités organizados por Jackie O, aportam na ilha, atraindo mais de 30 mil festeiros de todos os cantos do globo para baladas montadas nas faixas de areia friendly de Elia e Super Paradise.  

Mykonos LGBT: Ferveção em ritmo mediterrâneo 

Quando desembarquei na ilha, em setembro, a ferveção dos festivais já havia passado, mas, nem de longe, Mykonos dava sinal de final de temporada. O que pude sentir é que a praia de Elia consolidou-se de vez como point gay, oferecendo como alternativa ao agito de Super Paradise, beach clubs mais relaxados, com naturismo opcional, e sua lendária rota das rochas, que leva até Agrari, menorzinha, mais pacata e cada vez mais procurada por quem busca relaxar com um livro com a vista do azul mais forte do Egeu.

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Viagem a Myconos LGBTQIAPN+
Praia de Elia | Foto: Getty

Como de costume, a comunidade gay, com sua capacidade de mimetizar os passos, parecia seguir um rito ensaiado: durante o dia, drinques, encontros, papo e minitrekkings na trilha das rochas de Elia; e migrando para Super Paradise para o pôr do sol no badalado Jackie O Beach Club -, homenageada aqui e em outros points do centro de Mykonos pela comunidade queer – onde shows com drag queens e DJs internacionais acontecem quase diariamente. Depois de dois dias na ilha, todo mundo já se reconhece nos mesmos lugares. 

“Apesar de tantos de anos em operação, o Jackie O Beach Club, com sua vista privilegiada do mar, permanece uma meca LGBT, lotado de gente feliz e a fim de estar ali até meados da noite”

É onde a mítica gay de Mykonos parece se materializar. Dançando ao som de house, todos recém-saídos da praia, nota-se que de repente o céu se tornou cobalto, competindo em tons de azul com o Egeu. 

Quem quer fugir da agitação de Super Paradise encontra em Paraga, logo ao lado, uma alternativa naturista, com o sossego de uma praia com menos infra, mas que compete em encanto, com rochas próximas da margem dando cor ao imaginário de ideal de beleza de praia grega. E, confirmo, é uma das mais bonitas da ilha.

mykonos LGBTQIAPN+ A piscina do hotel na Myconos LGBTQIAPN+
Piscina do hotel O By Myconian
mykonos LGBTQIAPN+ O Jackie O Beach Club na Myconos LGBTQIAPN+
O clima cool do Jackie O Beach Club

Glamour com atmosfera hippie chic 

Parnomos, localizada ao norte de Mykonos, já fazia parte da rota LGBT antes mesmo da abertura do lindo Principote (verifique a disponibilidade, pois fecha um pouco antes do final da temporada), aberto no último ano. O beach club traduz, a partir das cortinas e da madeira rústica, os vestígios de uma essência hippie chic que parece ter se perdido na ilha mais bling bling da Grécia. Um restaurante simples, com peixes fresquinhos, permanece na ativa na mesma praia para quem busca comida boa em um ambiente sem pretensão.  

Mykonos é abençoada com uma variedade de praias de tirar o fôlego. Independentemente da orientação sexual, todos são bem-vindos em Psarou, onde a atmosfera sofisticada em beach clubs badalados, e frequentados por Hollywood, impera. Agios Ioannis, com suas águas calmas, é perfeita para relaxar. Agia Anna, cercada por formações rochosas e mar claro, e Kalo Livadi, conhecida por sua extensa faixa de areia dourada, são conhecidas pela atmosfera descontraída. Agios Sostis é a pedida para quem prefere praias mais isoladas. Leve uma toalha e ao menos água para visitá-la. 

Mykonos continua sendo um refúgio de beleza, diversidade e aceitação, onde o legado de Jackie O cresce, atraindo viajantes LGBT em busca de festas animadas, praias deslumbrantes ou só para conectar-se com a atmosfera acolhedora e a essência da Grécia. É fácil entender por que há décadas a ilha mais fervida do Mar Egeu figura no topo da lista de lugares para se festejar.

mykonos LGBTQIAPN+
Prato e drinque do Jackie O Beach Club
Ambiente interno do hotel O By Myconian
Ilustração: Antônio Tavares

Noite Mykonian 
Hospedar-se próximo de Mykonos Town e Chora, as áreas centrais da ilha, tem suas vantagens. Alguns dos restaurantes mais concorridos, cafés charmosos e, claro, o comércio de lojas de grifes de luxo internacional, galerias de arte e coletivos de estilistas e artistas locais formam um labirinto na cidade antiga, convivendo lado a lado com casinhas com varal para a rua, lotadas de gatos, e um sem-fim de igrejinhas ortodoxas. 
Restaurantes como o Jackie O (onipresente aqui) são declaradamente gays, mas a perdura por toda a ilha. O viajante LGBT vai se sentir acolhido em qualquer estabelecimento de Mykonos, sem julgamentos. Reserve os bombados M-Eating e Bagatelle sem medo de demonstrar afeto. O Nōema, um dos meus preferidos, presta homenagem à cozinha tradicional grega, com bebidas e pratos para compartilhar. 
Quando o sol se põe, essa parte de Mykonos se enche ainda mais de vida. E um novo êxodo LGBT é sentido em direção a bares como o Lola’s, localizado em uma das ruazinhas mais agitadas do centro e ideal para quem quer tomar um drinque e conversar, com som pop de fundo. 
Perto da meia-noite, a ponta da praia próxima do Waterfront, depois dos moinhos, lota com gente que acabou de migrar de Super Paradise ou recém-saída de um dos restaurantes. O Jackie O Town Bar – de novo ela aqui! – é formado por um clube, aberto até o amanhecer aos finais de semana, e um bar lotados durante toda a semana. Ao lado, o novo Cosmo disputa a audiência com shows de drag queens e pegada mais pop no som até as 3 da manhã e as famosas ruínas de uma igreja, que costumam lotar de gente em busca de, bem, tomar um ar.

Myconos LGBT: O by Myconian
Localizado na bela Baía de Ornos, a pouco mais de 3 km ao sul de Mykonos Town, o recém-inaugurado O, parte da Myconian Collection, é uma das adições mais aclamadas do cenário hoteleiro da ilha mais vibrante da Grécia. O seu design contemporâneo harmonioso, inspirado no conceito wabi-sabi, combina de maneira elegante elementos orgânicos em tons mais escuros, introduzindo um toque de frescor ao cenário de Mykonos. Vale destacar que a permissão para a construção de edifícios em cores mais escuras, contrastando com o branco predominante, é uma novidade que foi concedida apenas nos últimos anos. 
A estrutura do O by Myconyan oferece um bar à beira-mar, restaurante pé na areia e a O Concept Store, loja conceito com uma curadoria de marcas locais e internacionais que prezam por conforto, elegância e elementos orgânicos na fabricação. A piscina interna é um dos ambientes mais instagramáveis do Mar Egeu, com adornos que remontam ao hippie e à Ásia. A academia, espaçosa e bem equipada, e o espaço O Wellness, com ótimas salas de massagem e saunas, fazem o tempo no hotel passar voando.

Matéria publicada na edição 13 da Revista UNQUIET.

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