Orlando Villas Bôas
(1914-2002)

Em 1943, o Brasil vivia de costas para o interior. Lugares como o vale do Tapajós eram cenários de ficção, com “índios vampiros”, cobras monstruosas, onças comedoras de gente

Em 1943, o Brasil vivia de costas para o interior. Lugares como o vale do Tapajós eram cenários de ficção, com “índios vampiros”, cobras monstruosas, onças comedoras de gente. Num esforço geopolítico para integrar o país, Getúlio Vargas organizou a expedição Roncador-Xingu. Sedentos por aventura, os irmãos Orlando, Leonardo e Cláudio Villas-Bôas se inscreveram. Recusados, deixaram a barba crescer, se bronzearam e se fingiram de analfabetos. Foram aceitos. O primogênito Orlando foi quem mais se destacou. Em mais de 20 anos, a “Marcha para o Oeste” rasgou a pé 1,5 mil quilômetros de picadas, plantou mais de 40 cidades e 19 campos de aviação. Orlando sofreu mais de 200 malárias. Mas, como sertanista, deixou uma herança única – o Parque Indígena do Xingu, área de 2,8 milhões de hectares compartilhada por mais de 5,5 mil indígenas de diversas etnias.

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