Heliskiing: em busca da
neve intocada

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Uma modalidade de esqui radical usa helicópteros para oferecer a descida mais-que-perfeita.

O melhor meio de transporte do mundo capaz de encontrar a neve perfeita para esquiar é o helicóptero. Só para comparar: o tenista sonha com o saibro de Roland Garros, depois de um dia de poucas chuvas. Já o velejador vibra quando dá o ar da graça o vento de popa de 15 nós em mar sereno. O piloto de competição, por sua vez, quer asfalto novo, bons pontos de ultrapassagem e saídas de pista seguras. O esquiador experiente pede apenas um dia bonito na montanha – e bastante powder. Quanto mais powder, melhor.

Numa tradução literal, a palavrinha significa apenas pó. É dessa maneira, seja como for, que os esquiadores calejados se referem à neve fofa, alta, seca, imaculada, intocada. Para eles, um piso assim representa a pedra filosofal no Jardim das Delícias. Ou seja, a neve virgem é a ideal para se descer de esqui ou snowboard.

Heliskiing - esquiador descendo a montanha em alta velocidade
Adrenalina pura: a descida de esqui sobre a neve que não foi assentada pode atingir 80 km/h | Foto: Getty
Alpes da Baviera | Foto: Getty

Infelizmente, esta neve exemplar, sublime, não pode ser encontrada nas estações de esqui. Nem mesmo se o esquiador madrugar e for o primeiro na fila do teleférico. Sorry. Nesses centros de esportes de inverno, a neve é quase sempre, por questões de segurança, compactada por tratores. Além disso, as vias já estão traçadas. Para topar com o genuíno powder – e todo o seu aliciante poder de sedução – é preciso rumar para o topo de montanhas sem nenhum lift ou qualquer estrutura.

E a maneira mais cômoda, rápida e emocionante – a mais cara também – é aquele meio de transporte desenhado por Leonardo Da Vinci há mais de meio milênio, no ano da graça de 1493. Pois é, o helicóptero. Ele pousa no alto da montanha e os esquiadores descem felizes da vida. Com essa providencial ajuda, conseguem fazer até seis descidas em um único dia. A partir dos anos 1960, a prática ganhou o nome de heliskiing.

Os helicópteros usados para o esporte são veículos capazes de pousar em qualquer tipo de terreno e suportar grandes altitudes, além das mais severas condições climáticas. Leves e ágeis, as marcas preferidas são a americana Bell – principalmente no Canadá – e a francesa Airbus.

Heliskiing nas montanhas da Geórgia
Helicóptero de apoio leva os esquiadores a neves virgens, Geórgia | Foto: Getty

Canadian Mountain Holidays

Na década anterior, vale a ressalva, alguns esquiadores mais atiradinhos nos Estados Unidos e no Canadá já usavam o helicóptero – destinado sobretudo a resgates – para alcançar áreas remotas, onde marmanjo algum havia fincado os bastões. Não resistiam à tentação, claro. Mas o heliskiing só começou a se tornar uma prática em 1965, quando Hans Gmoser, um austríaco desgarrado, radicado na província canadense da Colúmbia Britânica como guia de esqui, foi contratado pelo esquiador olímpico americano Brooks Dodge. O traquejado cliente perguntou-lhe se não poderia usar o helicóptero para chegar ao powder das montanhas.

“O heliskiing tem isto: você depende da natureza e nem sempre ela é camarada”

Heliskiing  nas montanhas Kootenays, no Canadá
Dois esquiadores cruzam a neve fofa das montanhas Kootenays, no Canadá: modalidade radical exige treino e bastante experiência
Foto: Getty
Heliskiing no Monte Cariboo, Canadá
Praticantes do heliskiing fazem a descida do Monte Cariboo, na Colúmbia Britânica (Canadá) | Foto: Getty

A aeronave que levou Brooks Dodge na ocasião foi um Bell 47 H-2. Dodge pagou quase nada por um dia inteiro de voo: US$ 20 – o equivalente a US$ 170 de hoje. As montanhas visitadas foram as da cadeia canadense de Bugaboo.

Hoje, a empresa fundada por Gmoser, a Canadian Mountain Holidays, é a maior operadora do gênero. Em paralelo, administra 11 lodges para esquiadores, construídos a mais de 1.200 metros de altitude nas cadeias de Cariboo, Bugaboo, Monashee e Purcells – todas no Canadá. A CMH, como é mais conhecida entre os experts, oferece 36 mil quilômetros quadrados de neve virgem – quase o tamanho da Suíça. Haja powder.

Com tal portfólio, a CMH ajudou a projetar a Colúmbia Britânica ao posto de mais aclamada área de heliskiing do globo. Lá está também a megaestrutura da estação Whistler-Blackcomb.

Foto: iStock

Da Índia ao Matterhorn

O Canadá é o pioneiro e maior destino do esporte, mas vem sofrendo a incisiva concorrência americana da vizinha Valdez, no Alasca. A rigor, hoje há centros de operação até em lugares inimagináveis, como Himachal Pradesh, na Índia, em plena cordilheira dos Himalaias. E o que dizer de Kamchatka, na Rússia? Fica numa península com 200 vulcões – 29 deles ativos. Já Hokkaido, no Japão, acena até com esqui noturno. Enquanto isso, nos Southerns Alps, Nova Zelândia, cintila um misto de refúgio selvagem e hospedagem de altíssimo padrão: o Minaret Station Alpine Lodge. A América do Sul também entrou nesse rol. Por aqui, o ponto alto do heliskiing – em todos os sentidos – é Valle Nevado, no Chile.

Foto: iStock
Heliskiing: helicóptero pousado na montanha
Foto: iStock
Foto: iStock

Fundada em 1999 pelo canadense James Morland, a operadora Elemental Adventure elevou o heliskiing ao estado da arte: um superbarco com heliponto que percorre os fiordes da Colúmbia Britânica. O charter garante acesso diário aos mais diferentes e inalcançáveis picos. Enquanto você esquia, a tripulação cuida para que tudo esteja impecável a bordo. A Elemental opera ainda em lugares de difícil acesso, como a selvagem península russa de Kamchatka.

Mas se a Rússia desponta como força emergente, nem de longe tem o chamariz da Suíça, país com 42 pontos de pouso e um total de 15 mil voos por ano. A geografia ajuda à beça: a estação de Zermatt, por exemplo, está cercada por 38 montanhas com mais de 4 mil metros, quase todas com encostas de neve fofa e acessíveis por helicópteros – e, de quebra, o imponente Matterhorn sempre no campo de visão.

Foto: Divulgação

Sem deslizes

O fato é que, a exemplo do Brasil e do dry martini, o heliskiing não é para iniciantes. Exige amplo domínio das técnicas. Afinal, as melhores regiões podem sofrer avalanches e têm obstáculos naturais, como pedras e crevasses (as rachaduras profundas no solo). Além do mais, não há, claro, uma estrutura de rápido resgate como nas incrementadas estações de esqui.

Por tudo isso, o equipamento é bem diferente. A começar pelos esquis. Eles são mais largos – idem para a prancha de snowboard –, evitando afundar na neve fofa. Além disso, o esquiador leva um GPS específico, para transmitir mensagens aos participantes do grupo e para recebê-las dos demais. Na mochila, há ainda uma pá – usada para remover a neve em caso de acidente. Muito importante: as operações de heliskiing são sempre comandadas por um guia. Deve-se seguir suas ordens com uma deferência militar. Ele conhece a região e suas peculiaridades. É preciso obedecê-lo. No heliskiing, quem desliza não pode cometer deslizes – eis a questão. Mas experts da modalidade não querem outra vida.

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