Há muito a Finlândia deixou de ser a “prima pobre” dos países escandinavos. Em 2009 ocupou o primeiro lugar no Índice de Prosperidade Legatum, baseado no desempenho econômico e na qualidade de vida. Numa era conturbada, é um oásis de paz e tolerância. Sua mais nova dádiva é a Biblioteca Pública de Helsinque Oodi. Neste país de 5,5 milhões de habitantes – o mais feliz do mundo segundo a pesquisa de 2018 da ONU, e também o mais alfabetizado –, 68 milhões de livros são emprestados por ano.
Além dos 100 mil exemplares do seu acervo, a biblioteca Oodi se agita com seus estúdios de música e suas salas de montagem de filmes. Um espetáculo à parte é o exército de robôs bibliotecários se deslocando para atender aos pedidos, tomando elevadores sem esbarrar em ninguém. Há espaços tranquilos para ler e estudar, mas o ruído é encorajado, particularmente no “loft dos nerds”. Crianças e adultos dividem o mesmo espaço, democraticamente. Diz uma funcionária: “O barulho que a molecada faz é um barulho positivo: ele é a voz do futuro”
