“Havaí da Europa” e “ilha da eterna primavera” são alguns dos muitos apelidos que marcam a Ilha da Madeira. Esses dois acabaram sendo os mais conhecidos, e não é à toa: eles fazem todo o sentido. Quando o avião toca a pista, em um dos pousos mais famosos do mundo — pela beleza de ver a ilha vulcânica passando pela janelinha e por toda a engenharia da pista, construída sobre colunas postas no mar —, os europeus sorriem, aliviados por enfim se desfazerem dos casacos em pleno janeiro. É que a ilha, apesar de pertencer a Portugal, está mais perto da África do que da Europa. A localização subtropical, com o molde dado pelos antigos vulcões, colocou no meio do Atlântico florestas intensamente verdes, cachoeiras, penhascos à beira-mar, montanhas a perder de vista e praias entre rochedos. Tudo isso acompanhado de excelentes hotéis com vista para o mar e restaurantes que vão além da gastronomia portuguesa, incluindo também a gostosa gastronomia madeirense. Essa mistura de cenários só podia fazer com que a Ilha da Madeira se tornasse um dos melhores destinos da Europa para quem busca aproveitar cenários naturais impactantes e realizar atividades de aventura. Pode ser desde a descida em cestos empurrados pelas ladeiras abaixo, na região do Monte (com o nível de adrenalina mais baixo do que parece), até escaladas, canyoning e voos de parapente.
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Na Ilha da Madeira, o mar está praticamente sempre no horizonte, enfeitando as curvas e alegrando as vistas
Off-road radical
Um dos passeios mais democráticos, capaz de agradar a todas as idades e níveis de aventura, é o tour em carro 4×4. A dica é programá-lo para o primeiro dia, já que é a chance de ter uma visão geral da Madeira, subindo e descendo montanhas e percorrendo ruas tão estreitas, em que só motoristas muito traquejados em manobrar conseguem provar que a mão dupla ali é mesmo possível. No tour da Brave Landers, o 4×4 é privativo, então não tem aquela frustração com o tempo de parada em passeios em grupo: é tudo ao gosto do viajante. Da capital, Funchal, e das plantações de banana, que crescem nessa parte mais baixa e quente da ilha, às florestas úmidas do norte, distribuídas em uma altitude de 1.500 m, o motorista vai contando curiosidades enquanto o carro sacoleja ao passar tanto pelas estradas asfaltadas quanto pelas trilhas off-road.
Não há como não se impressionar com lugares como o Miradouro Terra Grande, que parece saído de uma pintura ao revelar a vista da estrada curva, passando lá embaixo, quase espremida entre montanhas gigantescas. Ou com a praia de areia preta do Seixal, enfeitada por montanhas encobertas pela bruma. Ou ainda com as simpáticas vacas peludas, que passeiam livres pela Floresta do Fanal, onde árvores retorcidas feito bonsais gigantes dão um toque de sonho. Com tantas imagens naturais fascinantes, pode parecer que não tem como melhorar, mas tem.
Quem faz a experiência Outdoor Flavors, da Brave Landers, vê tudo isso e ainda é coroado com um almoço ao ar livre em meio à floresta. Ivan, o madeirense que conduz o tour, prepara tudo na hora, inclusive a espetada, um dos pratos típicos da Madeira. É uma espécie de churrasco feito no pau de louro. Embora muitos restaurantes hoje em dia já usem o espeto de metal, Ivan pega ali na hora mesmo o cabo de louro para assar as carnes macias e saborosas, que ele faz questão de comprar da mais alta qualidade. A vantagem é que, com a carne assada no louro, não é preciso temperar nem com sal. Os pratos dependem do que há de mais fresco no momento, e saladas, bolo do caco (o pão de batata-doce mais típico da região) e o vinho regional da Madeira (ou da ilha vizinha, Porto Santo, parte do arquipélago) ainda costumam acompanhar o almoço.
Entre as trilhas da ilha
Esse momento especial acontece no norte da ilha, o ponto mais alto e úmido e o mais almejado por quem quer fazer trilhas na mata. Afinal, é nesse pedaço que se encontra a Floresta Laurissilva, uma mata densa de 20 milhões de anos, que é Patrimônio da Humanidade pela Unesco por causa da preservação, da história e das tantas espécies endêmicas. A altitude faz com que as nuvens parem naquela região, contribuindo para a formação dessa mata intensa, recortada por cachoeiras, rios e fontes. Águas escorrem pelas rochas, seja em formato de cascatas, seja de nascentes, e são levadas para o sul por um sistema de irrigação tradicional da Madeira: as “levadas”, isto é, canais feitos pelos portugueses desde os anos de 1400.
É nesse cenário que se escondem as principais trilhas da Ilha da Madeira. Elas são fáceis e bem sinalizadas, tanto que podem ser feitas de forma independente. Mas percorrê-las com um guia tem a vantagem de que ele transmite, entre um passo e outro, explicações sobre as espécies e a cultura local. O madeirense e guia de montanha Luis Fernandes é um dos que lideram passeios guiados privativos ou em pequenos grupos, por meio da empresa Explore Nature Portugal. Além de ir contando sobre cada planta e localizar bem cada pedra e cada pedaço de terreno para pisar, Luis conhece todos os cantos da floresta, para apontar cachoeiras não tão visitadas e caminhos alternativos com menos gente. A trilha mais famosa é a das 25 Fontes. Ela não é difícil, mas são 6 km iniciais de caminhada (e mais 6 km para a volta) até chegar à cachoeira, que ganha esse nome não só por ela ser bonita e poética: ao redor dela escorrem das rochas 25 fontes.
Luis é atleta profissional de corrida de montanha, o que quer dizer que quem quer mais aventura está em boas mãos. Ele também oferece atividades de trail running (corridas em terrenos não pavimentados) em diversos pontos da Ilha da Madeira, como os 10 km nos arredores da península vulcânica Ponta de São Lourenço e a corrida de 18 km que começa pelas estradas da Encumeada, passando por túneis, pela Floresta Laurissilva e pelo lindo Vale da Serra d’Água.
Um banho nas águas da Madeira
Na Ilha da Madeira, o mar está praticamente sempre no horizonte, enfeitando as curvas de estradas e o terraço dos quartos dos principais hotéis, como o The Reserve, o Savoy Palace e o Les Suites at the Cliff Bay. Com praias mais selvagens e mar revolto, esse não é bem o lugar para entrar no mar tranquilamente – a não ser, claro, nas deliciosas piscinas naturais, como a do Porto Moniz, onde dá para passar horas dentro da água cristalina, envolta em rochas que já foram lava vulcânica. Por isso, para aproveitar o mar como se faz no Brasil, deve-se rumar para a ilha vizinha, Porto Santo, com 9 km de areia e um mar azul-claro, calmo feito o de uma baía.
Já para surfar, a Ilha da Madeira faz jus ao apelido de Havaí do Atlântico, com suas ondas limpas e grandes, que ficaram célebres nos campeonatos internacionais ao serem encaradas por grandes nomes do surfe, como Grant “Twiggy” Baker e Garrett McNamara.
A água tem a temperatura entre 18 e 24 ⁰C o ano todo, as ondas podem chegar a 10 m e surfar por lá é a chance de deslizar por ondas point break (com quebras no fundo de pedra) e reef break (com quebras no fundo de corais e recifes). Para quem quer fazer aula de um jeito especial – vendo os paredões vulcânicos da Madeira –, não faltam escolas em Funchal, São Vicente e Machico.
Assim como a água salgada está por todo lado na Ilha da Madeira, a água doce também gosta de se exibir, especialmente na forma de cachoeira. Por isso, uma atividade popular é o canyoning, em que se exploram os cursos de água nadando, saltando e fazendo escalada, ou mesmo rapel. São muitos os lugares e os níveis de dificuldade, mas no inverno os melhores pontos estão no sul, por ter rios mais calmos, e no verão, no norte, onde os rios têm mais volume.
O tanto que existe para fazer já ficou claro, assim como a ótima estrutura da ilha. Isso, somado aos cenários naturais e à gastronomia, rendeu à Ilha da Madeira um título que não é para qualquer um. Há nove anos consecutivos, ela vem sendo premiada no World Travel Awards (o Oscar do turismo) como o “melhor destino insular do mundo”. Mais um apelido que a ilha pode usar com louvor.
Reid’s Palace, a Belmond Hotel
Reconhecemos que o impacto ambiental e social dessas operações comerciais precisa ser cuidadosamente gerenciado. Todas as operações Belmond (próprias ou joint venture) estão no escopo desta política, incluindo fornecimento de alimentos e bebidas, têxteis e móveis e experiências dos hóspedes no local, por exemplo, spas.
Estamos comprometidos em permitir que os hóspedes se envolvam com nossa jornada e esforços de sustentabilidade.
Nossa abordagem é baseada em 3 pilares.
- Habitat
Nossa ambição é reduzir nossa dependência de recursos e proteger e enriquecer o habitat natural
ao redor.
Estamos comprometidos em proteger o meio ambiente e impulsionar mudanças positivas por meio de:
- Melhoria da eficiência energética
- Fornecimento de energia renovável
- Administração de água – para conservar e manter a qualidade da água
- Gestão de resíduos – para aumentar a reciclagem e melhorar a eficiência dos recursos
- Proteção e aprimoramento da biodiversidade no local
- Regeneração do habitat natural na propriedade
- Móveis e têxteis rastreáveis e de origem sustentável e ética
- Gastronomia
Nossa ambição é reduzir nosso impacto na cadeia de valor de alimentos e bebidas enquanto impulsionamos mudanças positivas no ecossistema.
Nosso compromisso até 2030 é:
- Focar no fornecimento local2 com rastreabilidade aprimorada e mais opções baseadas em plantas
- Projetar nosso serviço para minimizar o desperdício de alimentos e fechar o ciclo com compostagem
- Fazer parceria com nossos fornecedores e agricultores para fornecimento sensível e regenerativo de ingredientes-chave
- Minimizar o uso de plásticos
- Defender as melhores práticas para gerenciamento de energia, resíduos e água em nossas cozinhas
- Pessoas
Nossa ambição é fazer parceria e apoiar nossa equipe, parceiros da cadeia de suprimentos e comunidades locais.
Nossos compromissos com a equipe Belmond:
- Revisar constantemente nossos procedimentos de Saúde e Segurança para garantir que sejam os melhores da categoria, para a proteção de todos que trabalham para ou conosco
- Fornecer salário mínimo nacional/salário justo para todos os funcionários diretos em linha com a orientação da Fair Wage Network até 2027
Matéria publicada na edição 16 da Revista UNQUIET.