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A Wine Spectator definiu bem o vinho suíço: “Um tesouro a ser descoberto”. E o melhor lugar para encontrar um desses rótulos é ir direto à fonte. Até porque apenas 1% dos quase 100 milhões de garrafas produzidas ao ano é destinado à exportação. Os vinhos suíços podem ser considerados como mais um chamariz – entre tantos – para o turismo, sempre sustentável e eficiente em todas as áreas graças ao programa Swisstainable.
Mais da metade dos vinhos produzidos são tintos. E o campeão é o Pinot Noir. Porém uma dica importante é buscar as cepas nativas. Delas, a maior estrela é a Chasselas, uma variedade branca que origina exemplares leves e refrescantes. Também conhecida como Fendant, ela é consumida geralmente jovem e se harmoniza com fondues. Sobre ela, a crítica de vinhos britânica Jancis Robinson deu uma dica de ouro: “Encorajo a ter pelo menos um gostinho de um Chasselas ou Fendant suíço bem-feito”.
Todos os 26 cantões suíços produzem vinho. São 1,5 mil produtores, em seis regiões. Confira aqui as características e a importância de cada uma delas.
Valais (Suíça alemã)
Um terço da produção de vinhos da Suíça vem de Valais. Localizado ao longo do Rio Rhône, a região dos vinhedos se estende por 100 km com até 1.100 metros de altitude. O selo AOC Valais autoriza 31 variedades brancas e 24 tintas. No caso das primeiras, quem puxa a fila são Chasselas, Petite Arvine e Heida. Nas demais, o destaque vai para Pinot Noir, Syrah, Cornalin e Humagne Rouge. Entre os pontos turísticos, vale muito visitar o Wine Museum e Les Celliers de Sion – este com passeios de bike, visitas ao maior lago subterrâneo da Europa e degustações.
Vaud (Suíça francesa)
A região é a vice-líder em produção vinífera e mantém uma tradição de mais de mil anos. Está dividida em seis sub-regiões e oito áreas AOC. O frescor e a mineralidade da Chasselas também reinam por aqui. Lavaux, com seus vinhedos em terraças, é um Patrimônio Mundial da Unesco. Lá o vinhedo mais famoso é Dézaley, que produz um disputado Grand Cru. Não deixe de conhecer ainda o Lavaux Vinorama Wine Experience, um centro de descobertas, visitas e degustações do vinho local.
Suíça alemã
A medalha de bronze das regiões é dessa extensa parte do país que “spricht Deutsch” e compreende 17 cantões. O lugar tem várias zonas climáticas, influenciadas pelos lagos, rios, encostas e ventos quentes. As uvas tintas respondem por 70% da produção. A campeã é a Blauburgunder (outro nome da Pinot Noir). Entre as brancas, a Completer é uma das mais importantes. Pode colocar na lista de lugares para visitar Haus des Weins St. Gallen, Haus des Bündner Weins e Vinorama Schaffhausen.
Genebra (Suíça francesa)
De que forma uma cidade e áreas cultivadas vivem em harmonia? Genebra mostra que isso é possível. Os vinhedos da Chasselas frutificam a menos de 10 km da sede das Nações Unidas. Vale destacar ainda a presença da cepa tinta Gamay, que proporciona vinhos bem estruturados. Visitas a vinhedos e tours de bicicletas estão entre os programas mais procurados pelos enófilos.
Ticino (Suíça italiana)
Aqui temos um toque italiano. Localizada ao sul dos Alpes, a região de Ticino se beneficia da maior proximidade com o Mediterrâneo e de longas jornadas de sol. A uva Merlot domina a área. Ainda assim, Ticino é conhecida por seus vinhos produzidos à base de Pinot Noir e Bondola, com a qual é produzido o rótulo Nostrano. Vale ainda provar a Grappa local e visitar a bela cidade de Morbio Inferiore, com seu terroir e o restaurante adjunto.
Três lagos (Suíça alemã e francesa)
Biel, Murten e Neuchâtel são os lagos que dão o nome à região, com vinhedos em encostas em três áreas bem distintas. Pelo menos 20% da produção local é orgânica, e Neuchâtel é a área com a produção mais ecológica da Suíça. Os rótulos brancos de Chasselas são famosos por aqui. Porém vale ainda brindar com os espumantes premiados à base de Chardonnay. Dica para a sua viagem: a rota de bicicleta próxima ao Lago de Neuchâtel passando por vilarejos e vinhedos.