Destinos no Mediterrâneo para ter orgulho

Lugares para a comunidade LGBTQIAPN+ aproveitar o verão europeu e celebrar a diversidade

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Em junho, começa o verão no Hemisfério Norte. É tempo de sonhar com drinques refrescantes em uma praia de areia fina e mar azul-turquesa. Para os membros da comunidade LGBTQIAPN+, encontrar o destino ideal pode não ser tão simples, mas, com o avanço da luta por igualdade e inclusão, muitos locais têm se preparado para acolher a diversidade sexual e de identidade de gênero. E essa abertura se manifesta com ainda mais força durante as festividades que celebram o Orgulho. Aqui você encontra alguns dos melhores destinos no roteiro Mediterrâneo LGBTQIAPN+ para aproveitar a temporada e ostentar o orgulho de ser quem se é.

Malta

Esse arquipélago, encravado no Mediterrâneo, possui a legislação mais avançada em relação aos direitos LGBT+ entre os países europeus, ocupando o primeiro lugar da Rainbow Index da ILGA-Europe. Malta possui um litoral de encher os olhos, e as praias mais frequentadas pela comunidade queer: as vizinhas Riviera Bay, Gnejna Bay e Golden Bay. Para conhecer a cultura local e sua arquitetura milenar é só buscar a Queer Tours Malta. A cena noturna é forte na capital, Valletta, e na cidade de Saint Julian’s, onde está a boêmia Paceville, com bares e nightclubs para todos os gostos.

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Malta, destino queer no roteiro pelo Mediterrâneo LGBTQIAN+
Vista sobre a linda praia de Ghajn Tuffieha, em Malta | Foto: iStock

Mykonos, Grécia

Famosa por estar sempre em clima de festa, em agosto a ilha recebe o XLSIOR, um dos maiores festivais LGBT+ de música do mundo.

“Entre as praias frequentadas pela comunidade queer estão Elia, Agrari e Super Paradise, todas com beach clubs com estrutura completa”

Enquanto Mykonos é um destino certo para homens gays, em uma ilha não muito distante está um dos únicos vilarejos lésbicos do mundo: Skala Eressos, em Lesbos, terra da poetisa Safo, que escreveu sobre seu amor por mulheres entre 630 a.C. e 570 a.C. O local é a sede do International Eressos Women’s Festival, que acontece em setembro. E, sim, Lesbos é o lar da palavra “lésbica” (que é também o gentílico das pessoas que nascem na ilha).

Sardenha, Itália

Cada letra que compõe a sigla LGBTQIAPN+ tem seu lugar ao sol na deslumbrante Sardenha. Basta ver a diversidade dos eventos que acontecem no verão, como o Rainbook, um festival de literatura queer, o LesBeach, para mulheres lésbicas, o Sardegna Bear Weekend, para homens gays que se denominam ursos, e, claro, a Salento Pride. O viajante encontra tudo mastigado no Sardinia Friendly, portal que reúne atrações e estabelecimentos comprometidos com o acolhimento do público LGBT+. Tudo isso cercado por praias de areia branca e água transparente.

Mediterrâneo LGBTQIAN+ a beleza de Menorca
A beleza de Cala Macarella, em Menorca | Foto: Getty
Mediterrâneo LGBTQIAN+ o porto de Molyvos na ilha de Lesbos
O porto de Molyvos, na Ilha de Lesbos | Foto: Getty
Mediterrâneo LGBTQIAN+ a orla de Barcelona
A orla de Barcelona | Foto: Getty
Mediterrâneo LGBTQIAN+ o festival Rainbook na Sardenha
O Rainbook, festival de literatura queer na Sardenha

Barcelona e Ilhas Baleares, Espanha

Diversa, inclusiva, vibrante. Não é por acaso que Barcelona é um dos destinos mais acolhedores do mundo para a população LGBT+. Ao longo de seus quase 5 km de praias está Mar Bella, a mais popular entre a comunidade queer. O fervo é no bairro Eixample, apelidado de Gayxample pela quantidade de lojas, saunas e bares. Barcelona é anfitriã do maior festival LGBT+ do mundo, o Circuit Festival, que atrai 60 mil pessoas por ano. Já na Ilha de Maiorca, é a variedade de cenários que chama a atenção: é possível ir da capital, Palma, aos vilarejos da Serra de Tramuntana em menos de uma hora. Em agosto, acontece o Festival Internacional ELLA, com atividades para mulheres lésbicas, transgênero e não binárias. Sua irmã, Menorca, é de uma natureza exuberante! Entre as praias preferidas do público LGBT+ estão Son Bou e Macarelleta — provando que as Ilhas Baleares têm mesmo um dos mares mais azuis do Mediterrâneo.

O agito do Circuit Festival no roteiro Mediterrâneo LGBTQIAN+
O agito do Circuit Festival

Dubrovnik, Croácia

“A pérola do Adriático”. Assim é conhecida Dubrovnik, a mais bonita das cidades croatas — e a mais acolhedora para a população LGBT+ no país. Ao caminhar pela cidade, vale visitar o Love Stories Museum, com itens de todos os tipos de histórias de amor. À noite, tem-se um encontro marcado no Milk, o primeiro bar oficialmente gay do país. A dez minutos de barco está a Ilha de Lokrum, uma reserva natural conhecida por ter a melhor praia gay-friendly nudista da Croácia. 


Macedônia do Norte

Um sopro de novidade no continente europeu. Esse é o anseio de viajantes que embarcam rumo à Macedônia do Norte — mesmo cientes da falta de uma cena LGBT+ expressiva. A capital, Escópia, esbanja história, com monumentos que remontam à era bizantina. A zona boêmia está no bairro Debar Maalo, com restaurantes, bares e nightclubs. Já a cidade de Ohrid, banhada pelo lago de mesmo nome, é a queridinha do verão, com suas praias de águas doces e cristalinas.

Mediterrâneo LGBTQIAN+ passeio as margens do Lago Ohrid na Macedonia do Norte
Passeio de bike às margens do Lago Ohrid, na Macedônia do Norte | Foto: Getty
Mediterrâneo LGBTQIAN+ o Milk primeiro bar gay da Croacia
A noite animada do Milk, primeiro bar gay da Croácia

Matéria publicada na edição 15 da Revista UNQUIET.

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