Um de seus feitos foi ter sido a primeira piloto a cruzar, em voo solitário e sem rádio, o “Inferno Verde” da Amazônia e a sobrevoar e pousar em Brasília – com a capital do Brasil e seu aeroporto ainda em construção.
Se até hoje poucas mulheres pilotam aviões e saltam de paraquedas, imagine oitenta anos atrás. Talvez seja por isso que a paulistana Ada Rogato, filha de imigrantes italianos e funcionária pública, tenha acumulado tantos títulos de pioneira.
Na década de 1930, foi a primeira brasileira a voar de planador e a saltar de paraquedas. E a terceira a tirar brevê para pilotar aeronaves civis. Com o vento no sangue, Ada Rogato se especializou em acrobacias aéreas e – atividade perigosíssima – se tornou nossa primeira piloto agrícola.
Em 1950 cruzou a cordilheiras dos Andes onze vezes – sozinha, sem calefação, rádio ou oxigênio. Sua maior proeza, porém, viria no ano seguinte: bater o recorde da Terra do Fogo ao Alasca, mais de 51 mil quilômetros, em apenas 362 horas. Novamente sozinha, a discreta Ada foi sempre a número 1.
