Coachella

Um festival para ver e ser visto

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A maioria dos grandes festivais de música do mundo exigem sempre muito planejamento antecipado para ir. O Coachella é um deles. Ele não está apenas na lista dos maiores, mas na de melhores e mais concorridos festivais do planeta. Além da produção impecável, o line-up sempre traz alguma apresentação única a qual você só verá ao vivo se for ao festival. A lista é grande. Quem viu, viu, quem não viu, sofre porque não vai ver mais.

Eu demorei para debutar neste grande festival, mas a estreia aconteceu em grande estilo tendo a Beyoncé como a estrela da edição. Era 2018 e eu já acreditava que ir ao Coachella não era pra mim. Sou geminiana e tenho muita dificuldade em planejar algo com tanta antecedência. Os ingressos se esgotam em minutos tão logo são colocados à venda. Não foi à toa que os produtores viram uma oportunidade de ter dois finais de semana idênticos para abrigar o dobro do público. O Coachella virou um festival obrigatório para as influencers e celebridades. O primeiro fim de semana é um desfile delas. O festival é o paraíso dos instagrammers. E cumpre a expectativa com primor. É muito sobre ver e ser visto, mas se você gosta de música, é possível escapar e se deleitar com os shows.

Foto: Lalai Persson
Foto: Mike Hess

Por um golpe de sorte fui convidada pelo Turismo da Califórnia para uma viagem para San Diego, Los Angeles e Palm Springs, onde finalmente fui conhecer o maior festival de música dos Estados Unidos com toda a pompa. Acampada num glamping, onde um carrinho de golfe me deixava no backstage do palco principal após um café da manhã esplêndido. O programa Safari Tent oferece tenda com ar-condicionado, cama de casal queen, espelho e frigobar, além de uma varandinha, onde os mais preparados levam uma piscina para usufruir pelas manhãs. Era tudo que eu precisava para me apaixonar pelo Coachella. 

Tratada como uma princesa no meio do deserto californiano, mantive os olhos brilhando e o sorriso escancarado durante todo o final de semana. Mas não é necessário ir com todo esse glamour para gostar do festival. O Coachella é impecável de qualquer maneira. As áreas de alimentação, os palcos para todos os gostos, da música mais pop à de vanguarda, as experiências proporcionadas além da música, a roda-gigante como cartão-postal, as iniciativas focadas em sustentabilidade, os lounges, os banheiros sempre limpos, as instagramáveis instalações de artes que se superam a cada ano e, por fim, mas não menos importante, a poderosa escalação de artistas que só um festival deste porte consegue criar.

Foto: Mike Hess

Fui no segundo final de semana e a maior celebridade que vi entre os mortais, como eu, foi a Ariana Grande. Com todo o acesso que tinha, eu consegui ver o show da Beyoncé na área vip, ou seja, coladinha na grade bem debaixo dela. Não sou grande fã de sua música, mas vê-la ao vivo foi uma das experiências de palco mais grandiosas que vivi.

“Sem música, a vida seria um erro” – Nietzche

Foto: Mike Hess
Foto: Mike Hess

Adoraria ter participado do “Outstanding Field”, uma experiência gastronômica, oferecida numa longa mesa bem produzida e enfeitada, com menu de 4 tempos servido aos comensais acompanhado de coquetéis e vinhos californianos ao pôr-do-sol. Para desfrutar, é necessário desembolsar cerca de US$ 225 por pessoa.

Mas o meu ápice mesmo não foi o show da Beyoncé ou mesmo quando esbarrei na Ariana Grande. O clímax foi ser convidada para subir no palco principal para dançar com o Nile Rodgers durante o show do Chic durante as últimas três músicas. Foi ali que eu achei que tinha vencido na vida, afinal ver o Coachella de cima do palco principal é para poucas pessoas e fui uma delas.

Se você acha que já não tem mais idade para encarar um festival desse tamanho, isso é um equívoco. Não há idade para conhecer o Coachella e ele oferece todo o conforto que os mais exigentes esperam. Ele agrada quem vai pela música e quem não está nem aí pra ela.

Foto: Mike Hess

Uma boa alternativa é se hospedar na idílica Palm Springs, uma cidade que parece ter saído do Pinterest, mas surgiu décadas antes dele, com sua paleta de cores de tom pastel e um verdadeiro museu a céu aberto da arquitetura modernista. Nela, o sol é abundante o ano inteiro e o clima é de calmaria.

Para se hospedar, há desde hotéis animados e coloridos como o The Saguaro, o cool Ace Hotel, ou mais sofisticados como o Avalon, do grupo Marriott. Há uma modalidade de ingresso que oferece traslado a partir da cidade. 

Estando por lá, não deixe de visitar o Palm Springs Art Museum que surpreende com suas exposições temporárias e fazer um tour de arquitetura. 

Caso tenha tempo, uma viagem que vale a pena ser programada antes de retornar para Los Angeles, é conhecer o Joshua Tree National Park com uma fascinante variedade de plantas e animais. O parque se forma a partir de uma junção de dois desertos, o Mojave e o Colorado, e é considerado por muitos um hotspot alienígena. Claro que eu corri para lá depois porque o planeta Terra pareceu demais para mim.

Coachella
Coachella, Califórnia
Dias 15 a 17 e 22 a 24 de abril, 2022
Ingressos a partir de US$ 449 (só lista de espera no momento)

Lalai no Coachella

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