Yellowstone, o primeiro parque nacional do mundo

O primeiro parque nacional do mundo abriga a herança pujante do Velho Oeste norte-americano, paisagens dramáticas, uma vida selvagem latente e um sem-fim de atrações esportivas

A herança do Velho Oeste selvagem permeia o imaginário coletivo por meio de muitos traços e cenários da cultura do país e, mais recentemente, como tema frequente de novos lançamentos hollywoodianos. Muito explorados nos anos 1950 e 60, dilemas como disputas de terras, herança indígena e natureza intocada voltam a ganhar destaque nas grandes produções. 

Talvez porque a gama impressionante de ambientes naturais, desde o deserto, com seus tons terrosos e avermelhados, até as majestosas Cordilheiras de Grand Teton e Yellowstone, proporciona mesmo uma tela perfeita para contar histórias, capturando a beleza e a serenidade da natureza em toda a sua grandeza cinematográfica. 

Mitos e caubóis 

Localizado entre os estados de Montana e Utah, a história de Wyoming é entrelaçada com os mitos e a realidade do Velho Oeste. No século XIX, as trilhas de gado cortavam sua paisagem, trazendo consigo a aura dos caubóis e vaqueiros, cuja presença moldou a cultura e o estilo de vida locais. O estado foi palco de eventos marcantes, da chegada dos chamados pioneiros, que buscavam ouro, à expansão ferroviária que conectou o leste e o oeste dos Estados Unidos. 

Fechar

Benefícios Exclusivos UNQUIET: Four Seasons Jackson Hole, Estados Unidos

Saiba mais

Consulte seu agente de viagens.

Four Seasons Jackson Hole

Welcome Amenity Especial de Boas Vindas + surpresa preparada para o hotel de acordo com a sazonalidade. 

  • Use o código: UNQUIET
  • Validade: Março de 2025
O Rio Yellowstone serpenteia pelas paredes do Grand Canyon, um dos pontos mais impressionantes do parque | Foto: Getty
Alce

Mesmo após tantos anos, o primeiro parque nacional do mundo ainda se ergue majestoso, mantendo seu apelo duradouro: uma vasta tela do oeste norte-americano intocada. O Yellowstone National Park é um convite à exploração de suas trilhas e um paraíso para os entusiastas de trekking de todos os níveis. Suas terras e águas, florestas e pradarias, vida selvagem e fenômenos geotérmicos oferecem experiências de vivência que parecem nos transportar para um passado e um mundo distantes, esperando para serem explorados passo a passo. 

São mais de 1,8 mil quilômetros de trilhas abertas e mapeadas, incluindo algumas que estão em uso há centenas de anos. Imagine essa vasta opção dentro de um cenário designado como Reserva da Biosfera e Patrimônio Mundial da Unesco: a área total do parque surpreende. São 2.219.789 acres e 9 mil quilômetros quadrados de extensão, na intersecção de Idaho, Montana e Wyoming, com a maior parte de sua área no Wyoming. 

Um urso-pardo com dois filhotes: a espécie é abundante no parque | Foto: Getty

Além de toda a fachada imponente, Yellowstone é um verdadeiro laboratório geológico a céu aberto. É um dos poucos lugares na Terra onde se pode caminhar entre entranhas vulcânicas expostas, evidenciando uma paisagem em constante transformação. São três caldeiras, formadas de erupções vulcânicas há 2,1 milhões, 1,3 milhão e 640 mil anos, respectivamente, e uma densa população de mamíferos, incluindo rebanhos de bisões e alces e grandes predadores, como lobos e ursos, muitos ursos. 

Explorar é preciso 

Conhecer o parque em sua totalidade de atrativos e belezas requer tempo, logística e organização. A começar pelo período de visitação. As melhores épocas do ano para conhecê-lo são a primavera e o outono. Isso porque no inverno muitos atrativos estão limitados, com trilhas e estradas fechadas, e no verão as temperaturas são altas e o parque fica muito mais cheio: dos 4 milhões de visitantes que Yellowstone recebe por ano, 70% chegam no verão. Também é preciso reservar pelo menos quatro dias para explorar as trilhas, o que vai garantir vivenciar as principais maravilhas de lá, começando pelas trilhas que envolvem os gêiseres, na região de Old Faithful, um dos mais famosos e previsíveis do mundo, cuja estrutura comporta milhares de visitantes dispostos a apreciar o fenômeno diariamente.

As fascinantes cores do Gêiser Grand Prismatic
O Gêiser Old Faithful em atividade | Foto: Getty

E é aí que começa a aventura. Ao sair pedalando de mountain bike a partir desse ponto, é possível ir a Fairy Falls Trail, deixar a bicicleta e começar uma caminhada de cerca de 5 km, com o terreno levemente acidentado, em trechos ora abertos, ora fechados pela vegetação dominante, com destinos como o Gêiser Grand Prismatic, uma mistura de cores saturadas, entre azul-turquesa, vermelho, amarelo e laranja. Inacreditável! A trilha leva a um ponto de onde se tem uma visão privilegiada, acima da montanha, sendo possível avistá-lo em sua magnitude. Dali, a trilha segue em direção a Fairy Falls, uma cachoeira de 60 m de altura, em meio à floresta de pinheiros. 

A trilha se fecha e a sensação é de realmente estar inserido no ecossistema do parque, muitas vezes completamente sozinho. Para enfrentar essa trilha, tenha uma mochila preparada com muita água, snacks, protetor solar e, nesse caso, é altamente recomendado (quase obrigatório) carregar um spray de pimenta, já que os ursos realmente circulam com facilidade por lá. Vale lembrar que se trata de um lugar selvagem (a casa deles) e, dependendo da época, os animais andam livremente. Impossível negar que, a cada barulho de galho quebrando na mata, por exemplo, o coração dispara, com a iminência de ter um urso nos observando. 

Entre a densa população de mamíferos da região, os bisões impressionam e podem ser avistados em enormes rebanhos

A trilha continua por mais cerca de 2 km para dois outros gêiseres, solitários e afastados, em seu estado natural. Uma parada em frente a um visual inóspito, com muitas fotos, para finalmente encontrá-los ali, naquela trilha, que foi como se eu estivesse descobrindo-os pela primeira vez. Nomeados de Imperial e Spray, eles formam uma espécie de córrego colorido e borbulhante, e a trilha é feita à sua beira, caminhando e sentindo o vapor quente que sai do riacho e segue por todo o percurso, mudando de cores a cada quilômetro. 

Na garganta de Yellowstone Depois dos gêiseres, o trekking imperdível (que pode ser feito no mesmo dia, dependendo do objetivo de cada um) é do Grand Canyon de Yellowstone, com mais de 30 km de comprimento e até 366 m de profundidade. O rio, que leva o nome do parque, serpenteia pelas paredes do cânion, em um curso sinuoso, adicionando um toque bem dramático à paisagem e criando a Cachoeira Lower Falls, uma queda de mais de 90 m. São percursos que levam para dentro do cânion de diversas maneiras: a parte alta, a parte baixa e a queda da cachoeira. E, por se tratar de um cânion, os caminhos são bem íngremes e com muitos ziguezagues. O trajeto também não possui uma rota única: o fato é que, para qualquer lado que a trilha nos leve, a beleza de fato emociona, uma sensação potencializada pela força da água e pela imponência do local.

Four Seasons Jackson Hole
Four Seasons Jackson Hole
Four Seasons Jackson Hole

Uma das áreas geotérmicas mais famosas (inclusive onde fica uma das três caldeiras vulcânicas do parque) fica à beira do lago, que, pasme, também leva o mesmo nome: Yellowstone. É uma variedade de recursos geotérmicos, incluindo piscinas termais, fontes borbulhantes e mud pots (poças de argila). O que o torna ainda mais interessante é o fato de que parte desse complexo geotérmico esteja situada dentro do próprio lago, criando uma mistura única de atividade vulcânica subaquática e terrestre. Isso significa que lá, além das caminhadas ao redor do lago, vale alugar um caiaque e remar até o West Thumb Geyser Basin para assistir de perto as atividades. 

Partir para uma jornada de trekking nesse cenário desvenda um mundo vasto e diversificado. A impressão é de que cada passo revela a história esculpida nas formações rochosas, nos lagos e nos rios e nas paisagens que parecem intocadas. Uma experiência para imergir na autenticidade selvagem de um parque tão preservado em sua essência. 

Ficam marcados na memória e na história pessoal de cada um que visitou o parque, o privilégio de testemunhar a harmonia entre a vida animal e os fenômenos geotérmicos, além da grandiosidade e delicadeza do ecossistema que é Yellowstone.

Clique aqui para ler a matéria na edição 14 da Revista UNQUIET.

Fechar

SUSTENTABILIDADE

Ações de conservação do meio ambiente e ações sociais

Saiba mais

Four Seasons Jackson Hole

# Baseia suas ações de sustentabilidade nos pilares de ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês). Por meio do programa, buscam preservar e regenerar os lugares em que operam e deixar um impacto positivo e duradouro em suas comunidades.

# O programa está centrado em dois pilares: Planeta (impacto ambiental) e Pessoas (impacto social). Cada pilar é sustentado por atividades e objetivos específicos, observando de perto como os esforços contribuirão para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

# Forte compromisso com a redução de emissões de carbono, preservação de água, redução de resíduos e busca de fornecedores sustentáveis, além do objetivo de eliminar plásticos de uso único.

# Apoio às comunidades locais e filantropia, com o compromisso de apoiar as pesquisas de combate ao câncer e a promoção da diversidade, inclusão e equidade nos escritórios corporativos e propriedades ao redor do mundo.

fourseasons.com/landing-pages/corporate/esg

Ilustração: Antônio Tavares

    UNQUIET Newsletter

    Voltar ao topo