De bike pela Mongólia

Um caminho de temperaturas extremas, paisagens épicas e contato próximo com a população local.

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Three Camel Lodge

Benefício expirado

Em 2019 passei 78 dias pedalando sozinho em uma mountain bike no sentido oeste-leste da Mongólia.

Nos primeiros 700 quilômetros levei mais de 20 litros de água. Temia morrer de sede e fui atacado por nuvens de pernilongos. Era o auge do verão, 40˚C. Já os 700 quilômetros finais, no começo do outono, fiz com temperaturas de até -15˚C. Ventos siberianos cortavam meus lábios, risco de hipotermia.

Foto: Guilherme Cavallari

Como as muitas famílias nômades que encontrei nos 3.633 km do caminho, minha casa era uma barraca de náilon. A dos mongóis era de feltro grosso e material impermeável numa armação de treliça de madeira. Chamadas de ger, em mongol, ou yurt, em russo, nessas tendas sempre fui recebido com cerimônia e generosidade. Tomei incontáveis xícaras de chá preto com leite e sal, comi diversos tipos de queijos desidratados e vi o que é de fato uma vida plena e simples.

Foto: Guilherme Cavallari.

Pedalando por estradas de terra ou caminhos rústicos, minha travessia me levou por trechos de deserto pedregoso, vales murados de colinas ondulantes cobertas de relva verde, estepes planas que sumiam no horizonte, montanhas rugosas como papel amassado e rios  — gol, em mongol — de todos os tamanhos. Pontes são raras no país. Diversas vezes fui enganado por mapas desatualizados e informações dúbias, pedalei dias acreditando que encontraria uma estrutura que me permitisse mudar de margem e só encontrei água.

Na maior parte das vezes, venci a correnteza com a bike nos braços. Noutras situações, fui obrigado a pedalar dias para cruzar o leito. Felizmente, essas margens invariavelmente ofereciam excelentes locais de acampamento, única oportunidade de banho e lindas fotos. O bom e o ruim raramente andam separados na aventura. 

Acampamento atrás de templo budista entre as cidades de Kharkhorin e Nalaikh. Foto Guilherme Cavallari
Foto: Guilherme Cavallari

Um dos pontos altos da viagem, para além do sempre enriquecedor contato com as famílias nômades, foram os muitos sítios arqueológicos no meio do nada. Encontrei tumbas de lordes do século 6º, ruínas da Idade do Bronze, menires alinhados na Idade da Pedra. Instalações milenares largadas na paisagem como num museu a céu aberto. Impossível não se sentir o próprio Indiana Jones.

Cruzar a Mongólia sozinho de bicicleta, num ritmo mais orgânico do que seria possível em veículos motorizados, encurtou a distância cultural entre a população local e eu. De certo modo, eu também era um nômade.

Foto: Guilherme Cavallari.

Sem asfalto, água encanada ou saneamento básico em nenhum momento me senti em perigo ou desamparado. Ao observar o respeito ao meio ambiente e a hospitalidade locais, entendi uma frase de Gêngis Khan: “A multidão assusta, mas o que mata é a água profunda”. Ou seja: nos acomodamos ao sedentarismo, ao excesso de conforto. Sem terra onde firmar os pés, boiamos acima do insondável vazio do inferno que criamos. E assim corremos mais perigo do que diante de exércitos.

Interior de um ger (tenda nômade), no deserto de Gobi. Foto Guilherme Cavallari
Templo budista Baldan Bereeven, único exemplar restante em estilo tibetano na Mongólia. Foto Guilherme Cavallari

Guilherme Cavallari, autor e editor da Kalapalo Editora (kalapalo.com.br), acaba de lançar o livro Transmongólia: Gengis Khan na Garrafa de Vodca. 

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SUSTENTABILIDADE

Ações de conservação do meio ambiente e ações sociais

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THREE CAMEL LODGE

  • Práticas de Política ambiental reconhecidas mundialmente: reduz e recicla energia, água, lixo e carbono.
  • O primeiro lodge da Mongólia “plastic free”
  • Compostagem feita com todo resíduo orgânico utilizado nas estufas de alimentos orgânicos;
  • Redução de carbono, fornecendo mais de 50% dos suprimentos, serviços e ingredientes em um raio de 80km, complementados por produtos orgânicos cultivados na estufa local.
  • Trabalho com a comunidade Gobi inclui um poço local que fornece água a milhares de animais pertencentes a pastores nômades;
  • Fornecimento de ração animal e capim durante invernos rigorosos;
  • Aulas de inglês e equipes esportivas em uma escola próxima;
  • Equipe de optometristas para dar exames oftalmológicos aos membros da comunidade, resultando na distribuição de mais de 1.000 óculos;
  • Proporciona emprego em tempo integral e capacitação profissional aos membros da comunidade local – equipe 100% mongol empregada durante o ano todo;
  • Contratação, treinamento e capacitação de funcionários – mulheres em particular – para alcançar papéis de liderança dentro da empresa. A maioria dos gerentes são mulheres;
  • Apoio de cadeias de abastecimento comunitárias sustentáveis para ajudar no crescimento da economia local, favorecendo as famílias locais, pequenos negócios Gobi e artesãos que vendem produtos manufaturados localmente.
  • Impostos pagos à província local e não ao governo nacional, que financia o desenvolvimento local onde ele é mais necessário.
  • Membros do Pack for a Purpose, uma iniciativa que permite que viajantes tenham um impacto duradouro na comunidade em seu destino de viagem.
  • Os visitantes são convidados a economizar espaço na bagagem levando suprimentos para os projetos que o Lodge apoia.
  • Ações de preservação de fósseis de dinossauros da região;
  • Base de pesquisas do deserto de Gobi responsável por especialistas internacionais;
  • Trabalhos com comunidades locais para capacitar estudantes locais a se tornarem futuros administradores do patrimônio natural do Gobi, incluindo bolsas de estudo;
  • Desde 2008, apoio a estudantes de música e dança tradicional mongol na escola Hanhongor de Gobi, compartilhando o talento dos jovens com convidados com apresentações;
  • Doação de materiais e instrumentos musicais para a escola – intercâmbio de alunos para outros países;
  • Programa de bolsas de estudo para patrocinar totalmente estudantes que desejam estudar música e artes cênicas em nível universitário;
  • O lodge foi construído com arquitetura e design tradicionais, com materiais locais e guiados por práticas de meio ambiente, incluindo o bebedouro que mantem vivos os animais de comunidades nômades.

Three Camel Lodge

 

Mapa: Antônio Tavares

Clique aqui para ler a matéria sobre aventura na Mongólia.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra na edição 02 da Revista UNQUIET.

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