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Claro que você quer conhecer – ou revisitar – o Museu do Prado em Madri, as obras de Antoni Gaudí em Barcelona, os arabescos de Alhambra em Granada e a catedral de Santiago de Compostela. São lugares históricos e lindos, sim. Todos eles criados pelas mãos do ser humano. Nem todo mundo sabe, mas a Espanha também tem atrações de alto quilate desenhadas somente pela natureza. O ser humano apenas facilitou o acesso a elas e instalou uma impecável estrutura para receber você. Venha, ainda que seja como uma esticada do destino principal.
Lanzarote – Foi aqui, nesta que é uma das sete ilhas principais do arquipélago das Canárias, que o escritor português José Saramago escreveu algumas de suas melhores histórias. O cenário inspirou. O solo vulcânico de Lanzarote reservou à ilha paisagens lunares (ou seriam de Marte?) – e estonteantes. Vulcões resplandecem no Parque Nacional de Timanfaya. E como descrever a cor da laguna conectada ao mar em Charco de los Clicos? Vai além da paleta das melhores aquarelas.
Bardenas Reales – Navarra, no norte da Espanha, fez fama pelas paisagens verdes e montanhosas. No entanto, talvez para servir de contraponto, o sudeste da região tem 42.500 hectares semidesérticos. Aqui, a erosão de milhões de anos desenhou formas sugestivas em morros e ravinas como se fosse a mais imaginativa ficção científica. Não à toa, boa fração de Game of Thrones foi filmada nesta área. Você pode percorrê-la a pé, de bicicleta, a cavalo ou com veículos a motor.
Ciudad Encantada – Passeio obrigatório para aqueles que visitam Cuenca, cidade Patrimônio da Humanidade encravada no alto de profundos desfiladeiros e que tem como principais atrativos as Casas Colgadas (penduradas). Lá estão ruazinhas de pedra com edifícios centenários e um belo museu de arte abstrata. Localizada nos arredores da cidade, a “Cidade Enfeitiçada” se caracteriza por suas peculiares formações rochosas calcárias lapidadas durante séculos pela erosão e pelo tempo. Embora esculpidas pelo acaso, lembram um elefante, um crocodilo, um convento, um tobogã e assim por diante. O mais surpreendente: há 90 milhões de anos a área era um mar, o Mar de Thetis.
Caminito del Rey – A Andaluzia é conhecida, entre outros motivos, pelas temperaturas quentes. Caminhar por esta vereda, no entanto, pode provocar, de início, um frio na espinha. Explica-se: o Caminito del Rey, embora nobre de intenções e história, foi construído em um paredão vertical com 700 metros de profundidade. Trata-se do Desfiladeiro de Los Gaitanes, escavado pelo rio Guadalhorce. A vista é tão bela quanto vertiginosa. Em tempo: o trajeto pode ser feitocom toda a segurança.
Lago de Sanabria – Samora, em Castela e Leão, tem o maior lago originado por uma geleira na Europa. Há 100 mil anos, este lugar era um portentoso bloco de gelo com mais de 20 quilômetros de extensão. Dá para imaginar? Hoje é um belíssimo lago onde, no verão, pratica-se canoagem, navega-se em barcos turísticos ou apenas toma-se banho nas prainhas. Muitas lendas também singram essas águas. Uma delas insinua que ainda se pode ouvir os sinos da igreja do povoado que ficou submerso em 1959.
Tenerife – Não, você não se cansará para chegar ao topo da Espanha. O cume do monte Teide, um vulcão de 3.718 metros de altitude – e a montanha mais alta do país –, pode ser visitado na comodidade de um teleférico. Reserve suas energias para percorrer o Parque Nacional que está instalado, em Tenerife, outra das sete ilhas Canárias.
Há também insólitas praias de areias negras. E uma única de areias brancas: Las Teresitas. Por que a diferença? As areias de Las Teresitas foram trazidas do Saara.