7 Destinos emergentes: de escalas a descobertas


Matera Itália Cidades Extraordinárias

Antes tratadas como pontos de parada sem grande apelo para viajantes globais, as cidades a seguir hoje chamam atenção de quem busca experiências autênticas. São destinos emergentes: cidades que sofreram transformações profundas sobretudo entre 2020 e 2025. Capital da Geórgia, Tbilisi emergiu como reduto criativo pós-soviético. Já a praia da Comporta, em Portugal, se reinventou com turismo slow e eco-chic; Matera, na Itália, ressurgiu da pobreza com suas cavernas milenares, Kaohsiung, em Taiwan, trocou fábricas por arte contemporânea, e Kotor, em Montenegro, revitalizou sua baía medieval. No Brasil, Cabaceiras virou cenário cinematográfico e São Raimundo Nonato se tornou porta para a ancestralidade humana, na Serra da Capivara.

Cada um desses destinos emergentes encontrou um detalhe (cultural, visual ou sensorial) que redefiniu sua história e os elevou de rota a parada indispensável.

Kotor, Montenegro
Pedras, muralhas e barcos: Kotor preserva a história náutica enquanto convida a viagens entre o Adriático e as montanhas

O que essas cidades extraordinárias têm em comum:

  • Reinventam roteiros tradicionais sem perder identidade.
  • Resgatam patrimônio e autenticidade em lugar de ostentação.
  • Fascinam viajantes atentos que buscam beleza discreta e sentido.

Tbilisi, Geórgia

Tblisi, na Geórgia, revela alma pós-soviética oscilando entre o novo e o ancestral
Tbilisi, na Geórgia, revela alma pós-soviética oscilando entre o novo e o ancestral

Antes: a cidade de Tbilisi era um tradicional ponto de conexão no Cáucaso, com mínima infraestrutura de turismo criativo.
O que mudou: a capital da Geórgia agora é foco de uma revolução urbana: a fábrica da era soviética Fabrika tornou-se uma incubadora de arte, cafés independentes e vinhos naturais; o street art colore os bairros, e eventos como a Fashion Week ocupam espaços históricos.

Comporta, Portugal

Praia da Comporta, Portugal
A orla da Comporta: destino redescobriu a elegância discreta

Antes: uma vila de pescadores na região do Alentejo, entre Lisboa e Algarve, sem atrativos estruturados.
O que mudou: tornou-se destino slow-living com resorts eco-design como Quinta da Comporta, beach clubs discretos e gastronomia alentejana .

 

Matera, Itália

Matera, Itália
Pedra viva escavada em Matera, onde os hotéis‑caverna de emergem do passado

Estado prévio: sinônimo de pobreza rural; os moradores foram realocados nos anos 1950.
O que mudou: Matera foi emancipada culturalmente ao ser eleita Capital Europeia da Cultura em 2019. Hoje atrai visitantes pelos Sassi, hotéis escavados em pedra, e tours guiados por cavernas milenares .

Kaohsiung, Taiwan

Kaohsiung, Taiwan
Azul e concreto dialogam na nova face de Kaohsiung

Antes: porto industrial, sem relevância cultural.
O que mudou: Kaohsiung ganhou revitalização urbana com o Pier‑2 Art Center, implantado em armazéns antigos, que virou polo de arte, performance e cafés integrados à orla .

São Raimundo Nonato, Piauí, Brasil

São Raimundo Nonato, Serra da Capivara
Cânions e arte milenar emolduram a paisagem no Parque da Serra da Capivara

Antes: base científica isolada, ignorada por viajantes comuns.
O que mudou: tornou-se portal para o Parque Nacional da Serra da Capivara, com pinturas rupestres de até 25 000 anos — um mergulho no berço da presença humana nas Américas .

 

Kotor, Montenegro

Kotor, Montenegro
Encostada à baía em forma de fiorde, a cidade velha de Kotor se espelha nas águas

Antes: Kotor era um destino secundário em Montenegro, parte de roteiros de cruzeiros, ofuscado por Dubrovnik.
O que mudou: resgatou sua cidade velha medieval, preservada sob as muralhas e integrada à baía em estilo fiorde — promovendo o turismo slow .

 

Cabaceiras, Paraíba, Brasil

Cabeceiras, Paraíba
Pedras que pesam toneladas equilibradas no tempo | Por Rogerio121402 – Own work, CC BY-SA 4.0

Antes: Cabaceiras era uma vila sertaneja isolada, sem visibilidade fora do Cariri paraibano.
O que mudou: tornou-se conhecida como “Roliúde Nordestina”, cenário para produções audiovisuais e destino de ecoturismo no Lajedo de Pai Mateus .

 

 


Dicas para explorar esses destinos emergentes

A capital da Geórgia, Tblisi
Tbilisi: Nos becos de pedra, cafés independentes e barris de vinho natural contam a história de uma capital que se reinventou
  • Priorize guias locais e tours oficiais
    Guias locais oferecem uma compreensão profunda da história, cultura e tradições únicas de cada cidade, além de contribuir diretamente com a economia da comunidade .

  • Planeje sua viagem considerando a sazonalidade apropriada
    Principalmente nos destinos do hemisfério norte (como Tbilisi, Comporta ou Matera), evite os meses de verão para escapar de multidões e aproveitar uma experiência mais autêntica.

  • Valorize a experiência sensorial
    Pratique o slow travel: caminhe pelas ruas históricas, experimente sabores locais, ouça os sons da região, sinta a luz e os aromas; esses são os momentos que realmente ficam na memória.

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