O chamado da natureza pode soar de formas diferentes, mas quando vem do coração do Pantanal, seu teor tem uma intensidade vibrante. Pela brasilidade, pelo sentimento de preservação da natureza, pela biodiversidade, pelas paisagens locais incomparáveis e por tantos outros expoentes da região. Por isso, escolher uma pousada no Pantanal (no Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul), que garanta conforto para poder explorar ao máximo suas peculiaridades é uma tarefa a ser posta em prática com calma e muita pesquisa.
Nossa dica de hoje é a Casa Caiman, onde a UNQUIET já se hospedou para fazer uma matéria no Pantanal. É uma pousada acolhedora, com todo conforto e estrutura, completamente envolta na atmosfera pantaneira e perdida em alguma área rural de Miranda, no Mato Grosso do Sul.
No ritmo do Pantanal: conforto, natureza e mais natureza
Esta pousada no Pantanal sul-matogrossense está instalada em uma fazenda, que por sua vez se espalha por 53 mil hectares de natureza preservada.
Não, você não vai se hospedar e um hotel no meio do mato. Você vai para um hotel que é o meio do mato. Neste cenário, é possível se desconectar do resto do mundo para mergulhar no espírito pantaneiro e recarregar as baterias das mais diferentes formas.
As 18 suítes desta pousada no Pantanal são bastante espaçosas, espalhadas por casas tradicionais, com piscina e jardins entre elas. E há sempre espreguiçadeiras voltadas para a posição do pôr-do-sol. Assim que começa o espetáculo, acende-se a fogueira para apreciá-lo e até compartilhar as experiências do dia com os outros hóspedes.
A programação das atividades é ditada pela própria natureza. Estamos em uma das maiores planícies inundáveis do mundo, que apresenta sua dança de secas e chuvas ao longo do ano. Você só precisa acompanhar.
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Conservação e convivência no Pantanal: indissociáveis
Por meio do ecoturismo, não só são financiados os esforços constantes de conservação mas também se preservam práticas de manejo que respeitam o pulso do Pantanal.
O refúgio Caiman Pantanal, que abriga esta pousada em Mato Grosso do Sul, serve de palco para projetos inovadores na conservação do meio ambiente como Onçafari, Instituto Arara Azul, Projeto Papagaio Verdadeiro e o Projeto Tapirapé (criado em parceria com a Onçafari), que estão transformando o modo como a comunidade de habitantes e visitantes interage com o meio-ambiente e atua como guardiã do ecossistema e da biodiversidade locais.
Outro ponto que precisa ser destacado: em 2004, foi criada a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dona Aracy, uma área protegida que se estende por 5,6 mil hectares e corresponde a mais de 10% do Refúgio Caiman.
Essa faixa de natureza preservada do Pantanal, com diferentes tipos de habitat, foi selecionada com o auxílio de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e flui intocada – o acesso de visitantes não é permitido.
Pantanal: as 4 estações
Na Estação das Águas, que vai de dezembro até março, prepare-se para trocar o sol a pino por pores do sol que vão incluir novas cores na sua paleta da natureza. Sim, o Pantanal fica alagado (claro!). E sim, é lindo, com muitas aves de hábitos aquáticos e o mais belo pôr-do-sol.
Entre abril e junho, a Estação da Vazante se instala no Pantanal: o nível das águas começa a baixar e formam-se lagoas que represam muitos peixes, fazendo a festa, ou melhor, o banquete para as aves.
A Estação da Seca começa em julho e se estende até outubro. Com a facilidade de deslocamento por terra, é mais fácil observar a vida selvagem. Se você piscar, corre o risco de perder a passagem da fauna local. Deixe o celular um pouco de lado e aproveite o show!
Em novembro e dezembro é a vez da Estação da Enchentes, quando começa a chover e este pedaço de paraíso se prepara para receber os recém-nascidos da comunidade de pássaros e todo o esplendor que a renovação da natureza traz.