48 horas em Sevilha


Por Nathalia Hein

A capital da Andaluzia tem uma personalidade que parece palpável. É forte, intensa, diversa, sexy, gastronômica e cultural. Sevilha é, definitivamente, o lugar para vivenciar o melhor da cultura andaluz, experimentar a deliciosa tradição das tapas, mergulhar na cultura por meio da mistura arquitetônica gótica, mudéjar e renascentista e, claro, perder-se por suas ruelas estreitas e cheias de histórias, além de encontrar um tempo para cair de amores pelos passos sedutores de um show de flamenco ‒ há sempre um acontecendo, em qualquer praça ou esquina.

Orla do Guadalquivir: um dos primeiros passeios para entender a cidade é pela orla do rio que corta Sevilha e desemboca no Atlântico, fazendo da cidade um dos principais portos do país. Além de lindíssima, a caminhada (alugue uma bike se preferir) passa por diversos pontos interessantes, com destaque para a Torre del Oro, remanescente do domínio árabe.

Barcos atracados à margem do Rio Guadalquivir com a Torre del Oro ao fundo | Foto: Fotoarena

Mercado de Triana: depois de percorrer as margens do Rio Guadalquivir, reserve algum tempo para se perder pelos corredores desse mercado, que é um ícone da cidade. O lugar pouco mudou desde os anos 1920 e cultiva um ar histórico, onde produtos tradicionais regionais são vendidos e podem ser degustados em muitas das lojas. 

Real Alcázar de Sevilha: entre os muitos pontos históricos da cidade, incluindo nessa lista a impressionante Catedral de Sevilha, a maior catedral gótica do mundo, e La Giralda, se for preciso eleger um deles, escolha o Real Alcázar, considerado o palácio mais antigo em uso na Europa. Na verdade um conjunto de palácios, o lugar tem mais de mil anos, data da Idade Média e se destaca pela mistura de estilos arquitetônicos que, juntos, recontam a história da Andaluzia: os estilos islâmico, mudéjar, gótico, barroco e renascentista revelam a herança da alternância de poder na região em diferentes fases da história. 

Santa Cruz: o bairro, também conhecido como juderia porque era o antigo bairro judeu, é o lugar ideal para uma tarde de indulgência, entrando e saindo de lojinhas, galerias de arte e bares de tapas, uma tradição que, pelo menos uma vez por dia, deve ser cumprida. Afinal, uma boa copa, um jamón e um pan com tomaca são bem-vindos a qualquer hora.

O Mercado de Triana | Foto: istock

Comer: com uma estrela Michelin, o consagrado Cañabota é um restaurante de frutos do mar que funciona no estilo live cooking: os pescados e frutos do mar ficam expostos em uma vitrine e o preparo acontece em frente aos comensais. O menu degustação celebra os melhores pratos do chef. Opção clássica de cozinha típica andaluz, o Manolo León tem três casas na cidade, sendo um lugar para provar acepipes como croquetas, gaspacho e os maravilhosos ensopados do cardápio. 

Tapear: o lugar mais antigo de Sevilha para comer boas tapas a qualquer hora do dia, o Bar Europa tem mais de 100 anos de história e nunca decepciona com suas especialidades tradicionalíssimas. Uma instituição em Sevilha, a Bodega Santa Cruz tem clima descontraído, clássicos como boquerones, calamares fritos e fartas porções de jamón e tábuas de queijos.

Ficar: no centro da cidade, a curta distância de atrações como a catedral e o Alcázar, está o hotel mais grandioso de Sevilha. Instalado em um edifício histórico, o Hotel Alfonso XVIII tem decoração clássica, uma bela piscina e jardins. Menor, aconchegante e aninhado no Casco Antiguo, o centro histórico da cidade, o Palacio Pinello Boutique Hotel ocupa uma mansão típica andaluz convertida em um hotel de charme, com decoração minimalista e serviço atencioso.

O restaurante do Palacio Pinello

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