C6 Fest: all that jazz

Com um line-up descolado, o C6 Fest reuniu atrações inéditas no Brasil e celebrou a música nacional em grande estilo

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c6 fest 2022

As primeiras notícias sobre o C6 Fest, o mais novo festival internacional a desembarcar em São Paulo e no Rio de Janeiro, em maio de 2023, deixaram-me curiosa. Seria a reedição do antigo Free Jazz, realizado de 1985 a 2001 e responsável por trazer ao Brasil lendas do jazz, como Nina Simone e Chet Baker.Com esse histórico, as expectativas eram grandes. 

Produzido ​pelo C6 Bank, em parceria com a Dueto Produções​, a mesma organizadora do antigo evento, o C6 Fest manteve sua essência. A curadoria reuniu de artistas veteranos a revelações do rock, soul, jazz, MPB e da música mundial, em um line-up diverso, incluindo atrações inéditas no Brasil.

Alexandra Pain, CMO e head de ESG do C6 Bank, conta sobre a idealização do projeto: “Procurei a Dueto com a ideia de criar um festival que resgatasse o legado do Free Jazz, evento que sempre fez parte da minha memória afetiva. Rapidamente as conversas engrenaram e começamos a colocar o festival de pé. Conseguimos reunir artistas consagrados e novos nomes da cena mundial no C6 Fest, que também deve entrar para a história dos festivais de música. Ao mesmo tempo, oferecemos a nossos clientes vantagens exclusivas. A realização do festival representou a continuidade da estratégia de marca que o C6 Bank adotou desde o início das operações, que é se posicionar como uma marca aspiracional, que faz parte da vida dos clientes de forma fluida”.

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Samara Joy, uma das revelações do jazz | Foto: Filmart
Ação de sustentabilidade do C6 Fest no Parque do Ibirapuera | Foto: Filmart

Programação simultânea 

Em São Paulo, o cenário escolhido foi o Parque do Ibirapuera, com as atrações distribuídas em quatro palcos: uma tenda, o Auditório Ibirapuera, uma arena externa e o espaço Pacubra. Conectando todos os palcos estava a Village Mastercard, equipada com lanchonetes, mesas comunitárias, espreguiçadeiras e totens com carregadores de celular. A atmosfera descontraída deu o tom graças aos palcos intimistas.

Além de seguir todas as orientações do Parque do Ibirapuera, o C6 Fest recebeu o Selo Evento Neutro pela quantificação e neutralização das emissões de carbono realizadas na montagem, realização e desmontagem do festival. Outra iniciativa sustentável foi a destinação correta dos resíduos recicláveis gerados e a compostagem dos materiais orgânicos. 

O Rio de Janeiro recebeu uma versão compacta do festival no palco do Vivo Rio, com alguns dos principais headliners, como Kraftwerk, Underworld, Samara Joy, Jon Batiste e The War on Drugs. 

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Kraftwerk, um dos destaques da música eletrônica | Foto: Filmart

O line-up com jazz, indie e música brasileira me atraiu para a tenda. Por ali, vi shows potentes de Xênia França e Russo Passapusso com a Nômade Orquestra, além de uma leva de artistas que se apresentaram no Brasil pela primeira vez: Arlo Parks, Jon Batiste, Weyes Blood, The War on Drugs e Christine and The Queens. 

Aliás, nada me preparou para Jon Batiste. Arrisco-me a dizer que o multi-instrumentista, nascido na Louisiana, EUA, fez um dos melhores shows do C6 Fest, com sua moderna roupagem de jazz e a participação surpresa de Lia de Itamaracá, a Rainha da Ciranda. 

Na pista eletrônica da arena externa, não perdi a oportunidade de assistir ao mítico grupo alemão Kraftwerk. O show reuniu uma animada plateia multigeracional.

Templo do jazz no C6 Fest, o Auditório do Ibirapuera recebeu nomes como The Comet Is Coming, Nubya Garcia, Tigran Hamasyan e a grande revelação Samara Joy.

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Caetano Veloso encerrou a programação de música brasileira no último dia do festival | Foto: Filmart
Grupo Tokyo assinou o after do C6 Fest 2023
Foto: Marjorie Luz

Celebração da música brasileira 

O tributo à música brasileira teve como ápice o último dia do festival. Na arena externa, Tim Bernardes fez uma apresentação emocionante, em homenagem a Gal Gosta.  

Com meia hora de atraso, na tarde fria de domingo, Caetano Veloso subiu ao palco aquecendo o coração do público. O show era da turnê de Meu Coco, álbum lançado em 2021. A setlist, exclusiva para o festival, mesclou as novas canções a pérolas e sucessos de sua carreira. Quem viu Caetano no C6 Fest certamente se sentiu privilegiado.

After com estilo
Para arrematar o line-up descolado, o C6 Fest fez uma parceria com o Grupo Tokyo, organizador de algumas das melhores baladas de São Paulo. Ao final de cada noite, o público de todos os palcos se encontrava no espaço Pacubra para curtir o som de uma afiada curadoria de DJs.

No C6 Fest, assisti a shows que ficarão para sempre na minha memória. Agora, só nos resta esperar o que a segunda edição nos reserva. 

Matéria publicada na edição 12 da Unquiet

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