A pequena e jovem mulher, certamente uma japonesa pelos traços e pela típica inclinação da cabeça, deu dois passos à frente de seu grupo e ajoelhou-se diante do enorme quadro. Fez outra reverência e era possível notar que observava com máxima atenção cada detalhe da pintura, sempre ajoelhada. A emoção não foi apenas dela: eu olhava seus silenciosos e delicados movimentos, mas também senti o coração bater forte diante de Guernica, a monumental obra de Pablo Picasso no Museo Reina Sofía, em Madri. Com essas imagens grudadas na memória, continuei a visita já sabendo que, tanto na capital espanhola como em Barcelona, estaria diante do zênite da arte.
Começando a viagem em grande estilo e hospedando-se no renovado e majestosamente belo Mandarin Oriental Ritz Madrid, você estará a poucos minutos do Triângulo de Ouro da Arte, representado pelo mítico Museo Nacional del Prado, próximo ao Reina Sofía e ao Museo Thyssen-Bornemisza. Se possível, o ideal seria reservar uma semana para vivenciar o imenso repertório artístico nos três edifícios. E Madri surpreende com muito mais. Preparado? Vamos!
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Mandarin Oriental, Barcelona
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Museo del Prado
A perspectiva imediata é ir ao gigantesco Museo del Prado, desenhado pelo arquiteto Juan de Villanueva em 1785, como o Gabinete de Ciências Naturais. Passou a exibir pinturas em 1819 e de lá para cá recebeu impressionantes obras como o Jardim das Delícias, de El Bosco; Judite no Banquete de Holofernes, de Rembrandt; O Cavaleiro com a Mão no Peito, de El Greco; As Meninas, de Velázquez; A Anunciação, de Fra Angelico; A Família de Carlos 4º ou A Maja Nua, ambas de Francisco de Goya. Além do grande acervo, o Prado realiza exposições temporárias importantes, como a do pintor Francisco Pradilla, chamada Esplendor y Ocaso de la Pintura de Historia en España, que começou em março e vai até 23 de outubro deste ano. Esse gênero de pintura foi o mais valorizado no país entre 1856 e 1890, e Pradilla, que foi diretor do museu, obteve forte reconhecimento nacional e internacional com suas criações.
Março de 2022 também marcou a renovação de espaços no museu, apresentando salas com a “Arte do século 16″ e “a influência de Leonardo Da Vinci na pintura europeia”; outra com “Mestres do Renascimento Hispano” e ainda outra com a arte medieval e renascentista espanhola. E há também as novas salas de pintura gótica. Sua loja, a Tienda Prado, vende objetos diversos de bom gosto e reproduções. Para restaurar as forças depois das longas caminhadas dentro do museu, o Café Prado oferece lanches rápidos. O Murillo Café é um bistrô com boa cozinha mediterrânea, servindo brunch também.
Museo Reina Sofía
O Museo Reina Sofía incorporou recentemente 22 novas salas para sua coleção permanente e encanta os olhos com algumas das mais extraordinárias obras de arte moderna da Europa, com destaque absoluto para Pablo Picasso, Salvador Dalí, Juan Miró, Calder e Eduardo Chillida. Suas visitas comentadas são um sucesso, com temas como “Guernica, história de um ícone” ou “Feminismo. Um olhar feminista sobre as vanguardas”.
Museo Thyssen-Bornemisza
No Palácio de Villahermosa, o Museo Thyssen-Bornemisza congrega boa parte da espetacular coleção de arte da família de mesmo nome, comprada pelo governo espanhol. Sua “Coleção Carmen Thyssen” traz um panorama da arte ocidental entre os séculos 17 e 20, e até 16 de outubro deste ano exibe “A Arte Americana na Coleção Thyssen”, com pinturas, sobretudo do século 19, abordando a história, a política, a ciência, o meio ambiente, a cultura material e a vida urbana nos Estados Unidos.
Galerias de arte de Madri
E as galerias de arte de Madri são famosas por oferecer obras consagradas ou contemporâneas, com foco na alta criatividade, como a Galería Elvira González, na Calle Hermanos Álvarez Quintero, 1; a Galería Javier López & Fer Francés, na Calle Guecho, 12 B; a Galería Elba Benítez, na Calle San Lorenzo, 11; a Galería Álvaro Alcázar, na Calle Castelló, 41 ou a Galería Marlborough, na Calle de Orfila, 5.
Mandarin Oriental Ritz, Madrid
De volta ao Mandarin Oriental, o artístico hotel que já hospedou cabeças coroadas, nobres e celebridades como Mata Hari, Yves Saint-Laurent, Ava Gardner, Sofia Loren, Elisabeth Taylor e Grace de Mônaco. É hora de descansar em algum quarto ou suíte, alguns com claraboia retrátil e todos oferecendo vistas memoráveis do entorno da Plaza de la Lealtad e com obras de arte espalhadas em seu interior, dialogando com os vizinhos ilustres. Ali, todo o conforto se mostra na cama macia com travesseiros trazendo as iniciais bordadas do hóspede, lençóis de puro linho e menu de travesseiros. Há um mundo de amenities e o spa supercool tem elevador direto, uma piscina com duchas de cromoterapia e tratamentos para horas de legítimo wellness.
Para comer e beber, o Mandarin Oriental Ritz, Madrid tem um menu de ofertas tentadoras, a começar pelo Deessa, que ganhou sua primeira estrela Michelin com a criatividade de Quique Dacosta, um dos nomes mais brilhantes da grande geração de chefs atuais, somando 6 estrelas do guia francês. É o diretor gastronômico do hotel e o Deessa apresenta sabores e terroirs da Espanha em versão ultracontemporânea. Ao lado está a sala de jantar secreta Condessa Maslov – o codinome que a espiã Mata Hari usava quando se hospedava no Ritz para encontrar seu amante russo. O Palm Court é o espaço principal, com sua abóbada de cristal restaurada e salões que chegam até o Champagne Bar. Pictura; outro bar, cool e sexy e com música ao vivo; e o restô-bar El Jardín del Ritz, ao ar livre –, que além da boa comida, permite a vista dos museus Prado, Thyssen-Bornemisza e Reina Sofía.
Barcelona: Arte em cada olhar
Barcelona é um pouco menor que Madri, mas espanta quem chega lá e se vê diante de monumentais obras de arte dentro e fora das edificações e em seus parques emblemáticos. A vibrante capital catalã é moderna em sua vida diária, quase uma festa permanente em seus espaços mais conhecidos, como as famosas Ramblas, zigue-zague de gente do mundo inteiro, mas ela também faz da arte – clássica, moderna ou ultracontemporânea –, um verdadeiro estado de espírito. Existem nada menos que 45 museus em Barcelona, muitos de natureza excêntrica, como o da Coleção de Carruagens Funerárias, único na Europa; o Hash Marihuana Cáñamo & Hemp Museum Barcelona, que não precisa de muita explicação e, para os que gostam de futebol, o museu do time do Barcelona. Mas o que impera mesmo é a grande arte de criadores avant-garde, começando inevitavelmente pelo Museu Picasso, em El Born, com o maior número de obras da sua juventude até seus períodos mais gloriosos. O Museu Nacional d’Art de Catalunya recebe os visitantes em um luxuoso palácio com uma das maiores coleções de arte romântica, gótica, renascentista e barroca da região. Entre os destaques estão obras de Gaudí, Goya, Velázquez, El Greco e Rubens.
O Museu d’Art Contemporani de Barcelona é um dos mais novos da cidade, com mais de 5 mil peças em exposições temporárias no bairro de El Raval. Outra forte novidade é o Moco Museum, não muito longe do Museu Picasso, dedicado à arte moderna e contemporânea, exibindo obras de Banksy, Basquiat, Takashi Murakami, KAWS, Haring, Yayoi Kusama, David LaChapelle, Warhol e até a majestade surrealista de Salvador Dalí, além de artistas emergentes, todos em um palácio medieval reformado. Vale muito a pena comprovar seu imediato sucesso na cidade.
E não dá para esquecer o museu da Fundació Joan Miró, um dos artistas mais famosos nascidos em Barcelona e dos mais importantes do século 20, cujas melhores obras estão em uma moderna construção no alto do Parque Montjuïc, com pátios e terraços permitindo belas vistas da cidade.
A arte contemporânea está presente em muitas galerias no microcosmo local, com oportunidades para os talentos jovens, como a Galeria PLOM, em Carrer de Sèneca, 31; Miscelänea, em Carrer de Guàrdia; 10; Livraria MUTT & Art Gallery, em Carrer del Comerç, 15, e Galeria Artevistas, em Passatge del Crèdit, 4.
Traços de Gaudí
Se estes gênios – como Picasso, Miró e também Salvador Dali – deixaram suas marcas eternas em Barcelona, uma vez lá é impossível não se lembrar o tempo todo de Gaudí, o arquiteto que causou uma revolução arquitetônica nunca vista no mundo até então, sobretudo com a igreja da Sagrada Família, ainda em acabamento com suas torres mais altas chegando a 170 metros de altura e um rebuscado desenho interior e exterior. E o Parque Güell, museu a céu aberto confiado a Gaudí por seu amigo Conde Eusebi Güell, no início do século 20, exibe em seus 3 km de trilhas as esculturas insólitas do arquiteto. A mais famosa é a lagarta gigante, feita com mosaicos de azulejos. La Pedrera ou Casa Milà, numa esquina da avenida Passeih de Gràcia, é outro incrível exemplo da arquitetura de Gaudí com suas formas em ondas.
Mandarin Oriental, Barcelona
No Passeig de Gràcia, o Mandarin Oriental reflete o style contemporâneo e o requinte asiático da marca. Os interiores lindamente elaborados de seus 120 quartos e suítes com design contemporâneo receberam a assinatura da celebrada designer espanhola Patricia Urquiola. Os serviços e áreas comuns são excelentes, com piscina no terraço e um spa premiado. E os restaurantes Blanc e Moments, este com duas estrelas Michelin da megachef Carme Ruscalleda, garantem os melhores momentos à mesa no hotel.
Mandarin Oriental Barcelona
- Em 2021 foi eliminado o uso de plásticos descartáveis
- Uso LED em todo o hotel resultando em grande economia de enrgia.
- Compostagem em parceria com empresa local especializada fazendo a recolha diária de resíduos, reduzindo em 16% o peso de resíduos enviados a aterros
- Parceria com a Clean the World para doações de barras de sabão.
- Trabalhos com organizações locais colaborando para doações de alimentos e roupas.
- Parceria CUINA JUSTA, uma empresa de economia social que atende pessoas que lutam com problemas de saúde mental. Vários de colaboradores são da CJ, e também o ambiente de trabalho e instalações são organizados de forma que pessoas com deficiência física possam trabalhar facilidade.
Site: mandarinoriental.com/barcelona/sustainability
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