José Ignacio – Uruguai

Muita exclusividade
Fica próximo a Punta del Este, no Uruguai. Mas aqui o agito é trocado pelo pleno sossego

Oferecimento:

Pouco mais de 30 quilômetros separam Punta del Este e José Ignacio, na costa uruguaia – distância pequena, mas suficiente para antagonizar os dois destinos.

Se o primeiro grita, alardeando cassinos, shopping, burburinho e festas, o segundo sussurra o chamado luxo discreto, aquele quase camuflado sob a simplicidade aparente nos hotéis de atmosfera rústica e restaurantes meticulosamente informais com pé na areia.

Ainda assim, dada a proximidade, visitar os dois balneários na mesma viagem é algo incontornável, a despeito de qual seja a sua praia: o agito ou o sossego. Até pouco tempo atrás, o trajeto ligando Punta a José Ignacio era feito pela Ruta 9, mais longo, com 50 quilômetros a percorrer. Quem optasse por seguir pela Ruta 10 – a bela estrada que contorna parte da costa uruguaia –, tinha que, obrigatoriamente, fazer a travessia da laguna Garzón por meio de balsas que levavam apenas dois carros por vez. Mas desde dezembro de 2015 o trajeto duplicado entre os dois destinos pode ser feito em cerca de 30 minutos pela Ruta 10, sem balsa, graças à construção da ponte laguna Negra, que, sozinha, é um cartão-postal.
Cortando uma área natural protegida, a ponte construída sobre uma estrutura de concreto armado tem forma circular inusitada que ao unir dois arcos forma um anel: cada mão percorre a ponte por um lado do círculo.

Projetada pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoli – também autor do desenho do aeroporto de Carrasco, em Montevidéu –, a construção tem 103 metros de diâmetro, 323 metros de comprimento e pista com largura de 5 metros.

Restaurante Namm | Foto: Reprodução
josé ignacio
Foto: Luis-E – Flickr
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Foto: Martin-Varsavsky – Flickr
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Foto: Rodrigo-Soldon – Flickr

No centro do círculo foram criados um lago e um pesqueiro. O desenho circular, que reserva espaço exclusivo para a circulação de ciclistas e pedestres, também impede que a velocidade máxima dos automóveis sobre a ponte ultrapasse os 40 km/h. Portanto, hora de reduzir a marcha para contemplar a paisagem em que você acaba de se inserir.

José Ignacio fica justamente entre essa laguna, a Garzón, e uma outra, homônima, no limite entre as províncias de Rocha e Maldonado. Trata-se de um desses lugares que se desenvolveram a partir de uma antiga vila de pescadores, preservando muito da simplicidade e da atmosfera originais, fazendo dessas características um de seus principais apelos. De fato, não é um lugar de ostentação, mas os preços, aqui, são altos – mais do que em Punta –, sem meio termo. Em outras palavras, tudo é low-profile, mas tudo é exclusivo.

Foto: Serge-Jf – Flickr

Ruas de areia com nomes de flores são sinalizadas com placas de madeira e levam às praias de dunas douradas e também a propriedades com infraestrutura luxuosa e aos clubes de pólo e de golfe. Pelo caminho, surgem hotéis-boutique e pousadas, construções idealizadas por arquitetos pós-modernos e restaurantes tão discretos quanto disputados – alguns deles discretos até demais, caso do Namm, que por um bom tempo permaneceu como um segredo bem guardado, sem sinalização no caminho, desses que só se divulga pela chamada propaganda boca a boca. Chega-se por uma estrada de terra cortando a mata, no melhor estilo “middle of nowhere”. Claro que vai bem um Mitsubishi 4×4. O restaurante fica incrustado entre pinheiros e acácias, com mesas ao ar livre iluminadas por luz de velas e de lamparinas. O resultado é um ambiente mágico. A especialidade são os sushis, mas a casa também é famosa pelo bife ancho e pelo cordeiro assado lentamente, por 36 horas.

Dada a localização, a oferta gastronômica em José Ignacio, no geral, destaca frutos do mar, algas marinhas e os peixes do dia, mas você sempre vai encontrar o triângulo fogo + mar + terra. Um ótimo lugar para degustar o arremate dessa alquimia é o Marismo, também escondido na floresta, com pé na areia e luz de velas. O calor vem do fogo de chão e também do forno a lenha que protagoniza o ambiente. À frente dele, são dispostas mesas de madeira longas e rústicas. Peça um arroz de mar, rico em mariscos e camarões, e brinde com um bom vinho branco. O lugar também serve pizzas e pratos do campo, como legumes grelhados e o clássico cordeiro assado.

Parador La Huella | Foto: Reprodução
josé ignacio
Foto: David – Flickr
Foto: Jimmy-Baikovicius – Flickr

Vários outros restaurantes e bares vão surgindo pelo caminho, alguns já viraram instituições locais, atraindo chefs e figurões do jet set internacional, caso do ultradisputado Parador La Huella, na Playa Brava. Outros, como o The Lab, têm proposta mais voltada ao público jovem, que curte uma boa balada regada com os melhores drinques preparados na região. Em qualquer um deles, saiba que o horário médio para começar a noite é por volta das 23h. E tentar sair para jantar sem fazer reserva é um piso em falso.

Durante o dia, a geografia local se encarrega do entretenimento. A forma peninsular de José Ignacio destaca suas duas praias: a oeste fica a Mansa, como o próprio nome indica, mais tranquila, ótima para quem quiser apenas curtir o sol e se banhar. Já a Brava, a leste, é ideal para a prática de atividades aquáticas, como o surf – já windsurf e kitesurf encontram um belo cenário na laguna Garzón. A melhor forma de avistar todo esse panorama é do alto, subindo os 121 degraus rasos de uma escada em caracol no icônico farol de José Ignacio, construído em 1877. Respire fundo, suba com calma e contemple o cenário, de preferência ao pôr do sol. Sem pressa, como pede a filosofia local: aqui, a única coisa que corre é o vento.

José Ignacio - bodega garzón
Bodega Garzón | Foto: Reprodução

Quando ir

A alta temporada é o verão, sobretudo entre o Natal e o início de fevereiro. Várias lojas, restaurantes e hotéis funcionam apenas durante primavera e verão, mas José Ignacio é também atraente durante o inverno, não só pelo clima ameno e por ter menos gente, mas pelo privilégio de avistar as baleias-francas, que passam pela vila a caminho da península Valdés, na Argentina.

Onde ficar

Resorts são proibidos em José Ignacio – a rede hoteleira foca em uma farta oferta de pousadas e hotéis-boutique. Descontraído e informal, o Casa Suaya, na Playa Brava, tem lofts e chalés privativos com atmosfera rústica. É uma opção com pegada mais selvagem, onde é possível fazer cavalgadas, ciclismo, windsurf, pesca e trilhas a pé, além de ser pet friendly. Já os hotéis que levam a assinatura Vik são clássicos locais: o mais antigo, Estancia Vik, fica a 15 minutos de carro das praias e do centro, no topo de uma colina, cercado pelo campo, onde cavalos e gado vivem livremente. Em clima de fazenda uruguaia, tem 12 suítes, perfeitas para famílias, e abriga uma respeitável coleção de obras de arte do acervo da família Vik. Já o contemporâneo Playa Vik fica estrategicamente instalado na Playa Mansa, com seis casas e três suítes. Hóspedes têm mountain bikes e caiaques à disposição. Não estranhe ao deparar com trabalhos de nomes como James Turrell, Zaha Hadid e Anselm Kiefer – os Vik são realmente apaixonados por arte e fazem questão de compartilhar sua contemplação com os hóspedes. A 500 metros, com atmosfera mais casual entre tetos e paredes coloridas, fica o Bahia Vik, também à beira-mar, praticamente imerso nas dunas da praia. É o único do trio que aceita animais de estimação. Com 15 bangalôs e 10 suítes, tem quatro piscinas ao ar livre.

Estancia VIK José Ignacio | Foto: VIK Hotels

Foto: VIK Hotels Group – Flickr

Onde comer

Boa parte dos restaurantes tem o pé na areia, caso do Parador La Huella, na Playa Brava, com menu enxuto que destaca sushis e pratos com frutos do mar e parrilla. Igualmente citados na reportagem, Namm e Marismo são ideais para ir a dois, iluminados por velas e lamparinas e apinhado de gente bonita jogando conversa fora enquanto saboreia pratos à base de peixes, frutos do mar e carnes. Vale considerar uma esticada até a Bodega Garzón, a meia hora de carro, para um almoço ou jantar no restaurante local, comandado pelo chef argentino Francis Mallmann. A proposta são menus-degustação preparados com os melhores ingredientes do dia e da temporada, harmonizados com os fabulosos vinhos de produção local.

Na estrada

Nunca é demais lembrar que consumo de álcool não combina com direção. No Uruguai, aliás, a tolerância é zero, com blitze frequentes. Como documento de identificação, além do passaporte, o RG brasileiro é aceito, desde que tenha sido emitido há, no máximo, 10 anos. A carteira de motorista válida no Brasil também é aceita no Uruguai. É obrigatório contratar o seguro internacional contra terceiros, a Carta Verde, emitida por bancos e seguradoras no Brasil, que não substitui o seguro do carro. Confira no site da Embaixada do Uruguai no Brasil a relação completa de documentos necessários para circular de carro no país e as regras de trânsito vigentes.

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