Ele tinha 23 anos, em 1937, quando viajou para o Taiti, na Polinésia Francesa, com a mulher, Liv.
Arqueólogo, o norueguês Thor Heyerdahl não acreditou quando lhe disseram que aquele povo moreno teria vindo da Ásia. Preferiu outra explicação, a seu ver mais plausível: a ascendência dos polinésios eram os incas, da América do Sul. Riram dele. Lembraram que os incas navegavam em barcos rudimentares, e não conseguiriam atravessar o imenso Pacífico.
Thor Heyerdahl teve de esperar o final da Segunda Guerra Mundial para provar sua tese. Em 1947, com cinco marujos, partiu num barco de pau-de-balsa, o Kon-Tiki, de Callao, no Peru. Foram 101 dias para cumprir penosos 8 mil quilômetros de mar.
Enfim, chegou em Raroia, na Polinésia. Se não provou a tese, ao menos reinventou a aventura nos tempos modernos.