Ao transformar sua vocação em profissão, Dani Tranchesi descobriu também uma nova forma de olhar o mundo. Sem se lembrar ao certo de quando empunhou uma câmera fotográfica pela primeira vez, ganhou sua primeira máquina profissional aos 15 anos.
Nessa época, já apaixonada por fotografia, seu hobby era registrar tudo o que aparecia à sua volta. A paixão foi ganhando técnica e o olhar foi ficando mais apurado. Vieram os elogios dos amigos, o incentivo do reconhecimento, as primeiras vendas e, a cada nova imagem, a certeza de que fotografar a vida era a sua missão.
No início dos anos 2000, depois de cursar fotografia na Escola Panamericana de Arte e Design, Dani se sentiu ainda mais segura para sair pelo mundo com uma câmera sempre à mão. “Eu me considero uma fotógrafa de rua. O que me alegra é estar no meio da confusão, participar do dia a dia, conversar com as pessoas, visitar as casas e, por meio desse contato tão rico e genuíno, obter as melhores imagens”, explica ela, que, em suas andanças, já registrou cenas cotidianas em lugares como Cuba, Índia, Islândia e África do Sul e até se aventurou em uma caçada a tornados por Oklahoma, Kansas e Texas, quando pôs à prova também sua coragem para encarar desafios em prol da arte.
Mas, entre “a vida e a rotina do comum”, como ela diz, é no Brasil que Dani Tranchesi encontra uma grande fonte de inspiração para sua obra, com inúmeras viagens pelo país. Em 2021, lançou o livro e a exposição 3 É 5, em que registra o dia a dia das feiras livres de São Paulo.