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Por Walterson Sardenberg Sº
Pirenópolis tem só 25 mil moradores. Mas muitos predicados para quem aprecia a natureza: montanhismo, trilhas, arborismo, rafting, boia-cross, caminhos off-road e, sobretudo, cachoeiras. Há mais de 100 delas, e algumas de acesso facílimo.
Essa história começa em 1727, quando os bandeirantes toparam com ouro nessa região do Centro-Oeste – a 125 km de Goiânia e 182 de Brasília. Data da época parte do casario da cidade, tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1988. O esgotamento dos veios auríferos tornou aquela fase efêmera
Já na segunda metade do século seguinte, o engenheiro belga Louis Cruls se viu incumbido por dom Pedro II de encontrar o lugar ideal para fincar a capital do país. Não vingou. De duradouro, sobrou o nome. Pirenópolis está incrustada na Serra dos Pirineus – semelhantes às montanhas que separam a Espanha da França. Daí o batismo.
A cidade só começou a atrair visitantes nos anos 1960, depois da inauguração de Brasília. A turma da contracultura acelerou o crescimento. Os esotéricos acreditavam que ali era mesmo o lugar ideal. Por isso o surgimento de comunidades místicas, como FraterUnidade e Fadalândia.
O turismo organizado só começou nos anos 1990, quando despontou a infraestrutura de pousadas e restaurantes acolhedores. Para garantir o fluxo de visitantes ao longo do ano, Pirenópolis, conhecida por Píri, tratou de bolar um robusto calendário de eventos, que vai das festas de Cavalhadas ao festival de cervejas artesanais Piribier (que completará dez anos em 2025). Ou seja: em qualquer época, a Rua do Lazer, o epicentro dos agitos, está animada. Sobretudo de noite.
Durante o dia, contrate um guia credenciado para percorrer o Parque Estadual dos Pirineus, criado em 1987. A trilha, de 5 km e de nível médio, passa pelas cachoeiras do Garganta e do Coqueiro e leva ao Pico do Ventilador (1.150 m). Dali ela segue para o Pico dos Pirineus (1.385 m) e termina nos Pocinhos do Sonrisal – reconfortantes piscinas naturais. Para as crianças, prefira o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo. Foi a primeira RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) de Goiás. São trilhas bem acessíveis, em meio ao cerrado.
Quem ama o ecoturismo pode se hospedar no Fazenda Hotel Tabapuã dos Pirineus. A imensa propriedade dispõe de rafting, passeios a cavalo, trilhas, rapel, tirolesa e caminhos para off-road, inclusive. Mas há mais conforto no Taman Baru. Você pode estranhar o fato de a arquitetura e decoração se basearem na Ilha de Bali, Indonésia. Seja como for, funciona. Os aposentos estão distribuídos em um bosque – e nos fundos do terreno encontra-se uma piscina natural.
Para provar a boa comida goiana, feita em fogão a lenha, vá ao Pillares, à beira de uma gostosa praia de rio. Tem trilhas e piscina. Já a Venda do Bento, instalada em uma antiga sede de fazenda, cultiva um cardápio mais eclético. Por exemplo: carne de sol na chapa com queijo coalho. Tem até redário, para um cochilo. As melhores sobremesas você encontra no Sorvetes Naturais. Basta escolher entre mais de 100 sabores, incluindo os de frutas locais.
Para quem sai de Brasília a bordo de um Mitsubishi 4×4, dá para seguir até Pirenópolis em estrada de terra, a partir de Brazlândia (DF). Melhor ir entre maio e setembro, período de menos chuvas. Você fará o trajeto em menos de quatro horas. Mais informações em MIT Drivelines.