Novo museu em Paris: a casa de Gainsbourg


A Maison Gainsbourg, novo museu em Paris

No mês passado, um dos endereços mais famosos de Paris, a casa na Rive Gauche do  compositor Serge Gainsbourg e da atriz e cantora Jane Birkin, foi reaberta ao público como um museu: a Maison Gainsbourg. O casal viveu na casa número 5bis da rue de Verneuil desde 1969, quando gravou a lendária canção Je t’aime… moi non plus, até se separarem em 1980. Gainsbourg viveu na residência até falecer, em 1991.

Maison Gainsbourg A casa de Serge Gainsbourg
Livros e revistas de Gainsbourg, a fachada da casa que hoje é o museu e a filha, Charlotte

Antes mesmo da morte do cantor francês, fãs já transformavam a casa em um local de peregrinação, deixando objetos nas portas e fazendo pichações na fachada. A casa permaneceu fechada por mais de três décadas, até que a atriz Charlotte Gainsbourg, filha do casal e atual proprietária do imóvel, decidiu reabri-la como museu – mantendo intacta a aparência do local, desde quando seus pais o habitavam.

Mas a Maison Gainsbourg não se restringe ao imóvel. Trata-se de um conjunto que, além da casa, no número 5, é composto por uma casa adicional, do outro lado da rua, com museu, livraria, loja de presentes e o Gainsbarre, que funciona como café durante o dia. À noite, o lugar se torna um piano-bar. A Maison Gainsbourg é a primeira instituição cultural dedicada ao multiartista francês.

Visitar a Maison Gainsbourg é como entrar em uma cápsula do tempo, desde as bitucas de cigarros Gitanes deixadas no cinzeiro até a peculiar coleção de objetos que Gainsbourg reuniu ao longo dos anos. O multiartista acumulou cerca de 25 mil itens peculiares, provocativos, mórbidos ou artísticos, transformando a casa em uma verdadeira câmara de curiosidades.

Entre as peças expostas estão ferramentas cirúrgicas antigas, distintivos de polícia, obras de arte (como a escultura em bronze L’Homme à tête de chou, da escultora francesa Claude Lalanne, morta em 2019), móveis antigos, além de pôsteres, retratos e esculturas das musas que ele amou e para quem compôs canções.

A paixão de Gainsbourg pelo preto, cor que para ele refletia la rigueur absolue, domina as paredes e tetos da residência. O tema se estende ao anexo do museu, localizado em frente à casa original, projetado pelo designer de interiores francês Jacques Garcia. Nesse espaço, encontram-se áreas de exposição, uma livraria e um piano bar com um café.

Para Charlotte Gainsbourg, a visita à Maison Gainsbourg é “um mergulho no íntimo”, que permite ao público compreender de uma nova maneira a obra e a vida do artista. É uma experiência única, que traz aos fãs a oportunidade de explorar o universo criativo de uma lenda da música francesa.

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