Por quase uma década, o trem mais lendário do mundo esteve “perdido”. Felizmente, o original Orient Express foi redescoberto, e agora passa por uma restauração na França para voltar aos trilhos em 2024, a tempo das Olimpíadas de Paris.
O Orient Express funcionou entre 1883 e 2009… E então desapareceu. Foi encontrado em 2015 pelo historiador francês Arthur Mettetal, enquanto trabalhava para o serviço ferroviário nacional da França. Os 17 vagões do Nostalgie-Istanbul-Orient-Express, datados de 1920 e 1930, estavam numa estação na Polônia, próximo à fronteira com Belarus.
Apesar de quase uma década parado, o trem revelou interiores bem preservados, com detalhes intactos, como o trabalho de marchetaria e painéis Lalique estilo Art Déco. O grupo hoteleiro Accor, proprietário da marca Orient-Express, recuperou o Nostalgie para reviver sua era de ouro, com a rota de Paris a Istambul.
Quem está à frente das restaurações é o arquiteto Maxime d’Angeac. Sua missão é fazer uma reinterpretação moderna do décor do Nostalgie, respeitando sua história. Serão 12 vagões-dormitórios, um restaurante, três lounges e um vagão de bagagens. O trem terá três categorias de suítes, incluindo uma suíte presidencial, que ocupará um vagão inteiro. Um “salão experimental” receberá performances e eventos.
A expectativa é que nove vagões do Nostalgie-Istanbul-Orient-Express sejam revelados em dezembro, incluindo seis vagões-dormitórios, um restaurante, um bar e o salão. Os demais carros serão revelados gradualmente até a conclusão, em 2024.
Para que não haja confusão: existem outros dois e distintos Orient Express. O primeiro, Venice-Simplon-Orient-Express, é administrado pela Belmond e funciona desde 1982. Suas rotas incluem cidades como Roma, Florença, Genebra, Bruxelas e Amsterdã. Já os seis trens Orient Express La Dolce Vita serão lançados pela Accor no início de 2024. Os itinerários incluirão 14 regiões da Itália, além de três destinos internacionais de Roma a Paris, Istambul e Split.
