A Bienal de Arte de Veneza está de volta após um ano adiada devido à pandemia. Intitulada “The Milk of Dreams”, com a curadoria de Cecilia Alemani, a 59ª edição ocupará até 27 de novembro de 2022 os tradicionais espaços do Pavilhão Central do Giardini e o complexo Arsenale.
Trabalhos contemporâneos e 80 novos projetos, dialogando com diversas obras históricas, foram concebidos especialmente para a Bienal de Veneza 2022. Estão reunidas obras de 213 artistas de 58 países, com a maior participação de mulheres em todas as edições. A diversidade, inclusive, foi refletida na premiação: dos sete vencedores do Leão de Ouro, seis são mulheres, incluindo pela primeira vez em 127 anos de história da Bienal, duas artistas negras – a britânica Sonia Boyce e a americana Simone Leigh.
O Brasil vem representado pelos artistas Lenora de Barros, Luiz Roque, Rosana Paulino e Solange Pessoa e Jaider Esbell (falecido recentemente). Já o Pavilhão do Brasil exibe a instalação inédita ‘Com o coração saindo pela boca’, do artista alagoano Jonathas de Andrade. A obra é inspirada em metáforas brasileiras sobre o corpo humano, como “nó na garganta”, “cara de pau”, “olho do furacão”, “das tripas coração”, “de braços cruzados”, “empurrar com a barriga”.
A Bienal de Veneza 2022 também está comprometida com a sustentabilidade. Em 2021, a instituição lançou um plano para reconsiderar o impacto ambiental de todas as suas atividades. Para este ano, o objetivo é estender a conquista da certificação neutralidade de carbono, obtida em 2021 para o 78º Festival Internacional de Cinema de Veneza, para a Bienal Arte, Teatro, Festivais de Música e Dança e o 79º Festival Internacional de Cinema de Veneza.