Mestres do tempo

Nos arredores de Genebra, Le Brassus é morada da jornada de arte perfeita da relojoaria suíça, onde os mais esmerados relojoeiros do mundo investem sua devoção, talento e conhecimento na criação de cada peça produzida

Na serenidade de um ateliê de relojoaria, o tempo assume uma dimensão particular. Cada movimento é um ritual meticuloso, uma dança de técnica e arte que transcende a mera medição de horas e minutos. Em Le Brassus, uma aldeia no Vale do Joux, próxima a Genebra, o tempo se desdobra em camadas de paciência e precisão. A fabricação de um único relógio se torna uma jornada de arte zen, uma busca pela perfeição em cada detalhe.

“A história dos relógios suíços remonta ao século XVI, quando protestantes franceses, fugindo da perseguição religiosa, estabeleceram-se em Genebra, trazendo consigo habilidades na arte da relojoaria”

No século XVII, a indústria relojoeira se desenvolveu a rápidas passadas e Genebra experimentou uma bonança econômica impulsionada pelas exportações de seus produtos para todo o mundo.

Alguns dos artistas e artesãos mais habilidosos da Europa migraram para aldeias adjacentes a Genebra, como Le Brassus, transformando pacatas comunidades rurais, cercadas por montanhas cobertas de pinheiros, nos centros de excelência na produção de relógios. Em uma dessas migrações, no auge da revolução industrial do século XIX, dois jovens relojoeiros, Jules-Louis Audemars e Edward-Auguste Piguet, se uniram, em 1875, para fundar a marca sinônimo de relojoaria de alto padrão.

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Hotel des Horlogers

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Arte da relojoaria e o Musée Atelier Audemars Piguet
O impressionante salão principal do Musée Atelier Audemars Piguet | Foto: Divulgação
Arte da relojoaria e os relojoeiros Jules-Louis Audemars e Edward-Auguste Piguet
Os relojoeiros Jules-Louis Audemars e Edward-Auguste Piguet | Foto: Divulgação

Pioneirismo e inovação 

Combinando habilidades artesanais tradicionais com inovações técnicas, Audemars e Piguet foram pioneiros em muitas técnicas de relojoaria, incluindo a criação do primeiro relógio de repetição de minutos com cronógrafo em série, ainda em 1882, ganhando o reconhecimento mundial por seu design inovador.

Até hoje, no melhor state of art, o processo de fabricação de um relógio Audemars Piguet começa com a seleção dos materiais mais finos: ouro, platina e aço inoxidável, entre outros. Cada peça é escolhida com atenção aos detalhes, buscando-se a harmonia entre a beleza e a funcionalidade. Os componentes são delicadamente usinados e esculpidos à mão, utilizando técnicas tradicionais transmitidas de geração a geração.

Imersão para apaixonados

Na visita ao incrível QG e museu da marca é possível testemunhar relojoeiros trabalhando em estado de concentração meditativa, imersos no silêncio do ateliê, onde o tique-taque do relógio é o único som que quebra a tranquilidade. Cada movimento é executado com uma calma deliberada, cada detalhe é observado com uma atenção reverente. O tempo parece se estender e encolher ao redor do relojoeiro, que está imerso em seu próprio universo de criação.

À medida que o relógio toma forma, o relojoeiro mergulha em complicações, aquelas funções adicionais, além da simples indicação de horas, minutos e segundos. Complicações como cronógrafos, calendários perpétuos e fases da Lua exigem um domínio completo do ofício e uma compreensão profunda da mecânica do tempo. Cada complicação é um desafio que demanda meses, às vezes anos, de trabalho dedicado, ajustes meticulosos e testes exaustivos.

Arte da relojoaria primeiro relógio criado pelos fundadores da marca Audemars Piguet
O primeiro relógio criado pelos fundadores da marca Audemars Piguet | Foto: Divulgação
Arte da relojoaria Interior do Musée Atelier Audemars Piguet
Interior do Musée Atelier Audemars Piguet | Foto: Divulgação
Arte da relojoaria hotel des Horlogers
A arquitetura futurista e sustentável marca o estilo dos ambientes do impecável Hôtel des Horlogers | Foto: Divulgação

Quando o relógio finalmente ganha vida, é mais do que uma simples máquina de medição do tempo. É uma obra-prima de engenharia e arte, um testemunho do talento e da devoção do relojoeiro. E quando os ponteiros do relógio começam a se mover, eles não apenas marcam o tempo, mas também contam a história de um processo de fabricação que é verdadeiramente uma arte zen.

Experiência hoteleira State of Art

O Hôtel des Horlogers, uma obra-prima arquitetônica concebida para transformar a visão de excelência artesanal da marca em uma experiência imersiva, é o primeiro projeto hoteleiro assinado pelo renomado escritório de arquitetura dinamarquês Bjarke Ingels Group (BIG), em colaboração com o suíço CCHE, com sede em Lausanne.

Harmoniosamente instalado em algumas das mais belas paisagens naturais de Le Brassus, com o design contemporâneo inspirado nas caixas de relógio imortalizadas por Audemars Piguet, o Hôtel des Horlogers é uma imensa homenagem ao passado lendário da região.

É interessante que a pacata Le Brassus tenha sido, ao longo dos séculos, o local onde fabricantes se encontraram para discutir parcerias. Audemars e Piguet, por exemplo, forneceram a técnica de seu cronógrafo para muitas outras marcas conhecidas, em troca do conhecimento de outras complicações, acelerando a evolução de técnicas que permitiram o desenvolvimento dos O Hôtel des Horlogers está instalado no mesmo local que outrora abrigou um restaurante onde segredos industriais que revolucionaram a indústria dos relógios pessoais foram trocados. Durante a minha visita, fui informado de que a filha de um dos nomes mais famosos da relojoaria mundial estava no novíssimo La Table des Horlogers, assinado pelo chef Emmanuel Renau, para uma dessas reuniões com a peculiar discrição suíça.

Concebido para ser completamente sustentável, o hotel não utilizou nem sequer tintas e solventes nas paredes de todo o prédio ”

Em vez de canetas, um lápis foi desenvolvido com sementes de tomilho — ou thyme — em uma cápsula na ponta, para que, ao ser descartado, possa-se “plantar thyme”, em um trocadilho tão criativo quanto algumas das complicações desenvolvidas pela marca.

Arte da relojoaria biblioteca do hotel
A biblioteca do hotel | Foto: Divulgação

Ponteiros quebrando convenções

Como toda forma de arte, a relojoaria não é imune à necessidade de inovação para se manter relevante e inspiradora ao longo do tempo. Em 1972, quando lançou o icônico Royal Oak, projetado pelo lendário designer Gérald Genta, a Audemars Piguet quebrou as convenções estabelecidas ao apresentar o primeiro relógio esportivo fabricado com aço inoxidável. Sua estrutura octogonal, inspirada nos tradicionais escotilhões de navios de guerra, introduziu ao mundo uma estética ousada e inovadora.

O Royal Oak foi equipado com um movimento mecânico de alta precisão, reforçando a relação da marca com a excelência técnica, que não só desafiou as normas da indústria relojoeira, mas também estabeleceu um novo padrão para relógios de luxo. Ao combinar elegância, resistência e desempenho excepcionais, o novo relógio cativou imediatamente os entusiastas em todo o mundo e consolidou a reputação da Audemars Piguet como uma das mais inovadoras e influentes.

Arte da relojoaria exemplar hhistórico exposto no museu
O relógio aberto é um dos exemplares históricos expostos no museu | Foto: Divulgação
Arte da relojoaria referencia Alice no País das Maravilhas
Obra que remete ao coelho de Alice no País das Maravilhas no museu | Foto: Divulgação

Desde então, a marca ousa e desafia as expectativas, introduzindo uma série de outras criações revolucionárias, como o Royal Oak Offshore, uma versão mais robusta e esportiva do Royal Oak, lançada em 1993. Outras inovações incluem o uso de materiais avançados, como cerâmica e carbono forjado, e o desenvolvimento de movimentos altamente complicados, como o calibre de cronógrafo de corda automática.

Como compromisso contínuo com a preservação da tradicional arte da relojoaria, a Audemars Piguet investe em programas de treinamento e educação para garantir a continuidade das habilidades artesanais que tornaram a marca famosa. Juntos, esses elementos históricos e contemporâneos destacam a importância de Genebra e Le Brassus na história da relojoaria suíça, enquanto celebram a excelência artesanal e a inovação que tornaram a Suíça o berço da arte da relojoaria no mundo.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra na edição 15 da Revista UNQUIET.

Ilustração: Antônio Tavares
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SUSTENTABILIDADE

Ações de conservação do meio ambiente e ações sociais

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Hôtel des Horlogers

O Hôtel des Horlogers está empenhado em trabalhar sempre em harmonia com o seu ambiente, participando em projetos de desenvolvimento sustentável e cumprindo os mais exigentes padrões eco-responsáveis.

O hotel atende aos mais recentes requisitos da Minergie-Eco em termos de eficiência energética e construção ecologicamente responsável.

126 painéis fotovoltaicos instalados na cobertura do edifício.

Política sem papel: Digitalização da maior parte do suporte de comunicação, menus de restaurantes e bares. Processo de check-in digital.

Os cartões de visita não têm papel. (Tecnologia de comunicação Near Fields)

Política de plástico: Materiais biodegradáveis ​​para itens de uso único. Sacos de aniagem, lápis com sementes de tomilho que podem ser plantadas no jardim em vez de canetas, pentes de madeira, chinelos orgânicos e muito mais.

Eco-fill: Dispensadores ecológicos que combinam embalagens descartáveis ​​e rastreabilidade para sabonetes líquidos e xampus que reduzem o impacto ambiental, resultando em 67 vezes menos desperdício.

Sistema de engarrafamento de água de nascente do Vale para evitar o transporte de toneladas de garrafas de vidro durante todo o ano, reduzindo a pegada de carbono.

Horta, para o Hotel produzir as suas próprias frutas, legumes e plantas aromáticas.

Apoio à produção orgânica e a projetos humanitários nos países de origem de matérias-primas importadas, como café e chá.

Parceria com o Parc Jura Vaudois: a cada garrafa vendida, 20 centavos vão para o Parc.

Postos de carregamento para carros eléctricos e bicicletas nos parques de estacionamento exteriores e interiores.

Os transfers de e para o Hotel são feitos em carros híbridos.

Fabricado inteiramente na Suíça, o le Spa by Alpeor utiliza plantas e flores do Vallée de Joux e do Canton du Valais.

Vinhos, cervejas e destilados produzidos localmente representam a maior parte do cardápio.

O café é torrado no Vallée de Joux e acondicionado em cápsulas biodegradáveis.

Os produtos de limpeza utilizados em todo o Hotel são orgânicos.

Prioridade aos fornecedores locais e regionais para redução da pegada de carbono durante o transporte

hoteldeshorlogers.com/en

 

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