Joyce Pascowitch: Meu sangue latino

Como os vazios e os silêncios do Atacama me transformaram

Crônica Joyce Pascowitch Deserto do Atacama
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De uns tempos para cá, não sei por quê, comecei a ficar meio que fixada, fascinada pela América Latina, principalmente por lugares fora dos eixos urbanos. Pensava na América Latina “mais natureza”. Meu sonho na verdade era conhecer o Deserto do Atacama e, durante muito tempo, isso ficou me rondando. Acho que eu não me decidi a viajar para lá porque, na verdade, é tão ao nosso alcance ‒ para quem mora aqui, no Hemisfério Sul ‒ que às vezes o fácil pode passar talvez a imagem de ser desinteressante, ou talvez menos interessante do que outros destinos mais exóticos e mais afastados. Mas eu insisti e finalmente, no início de maio, fui para lá. 

Agora que a poeira baixou um pouco, depois que eu voltei para casa e depois de tudo que eu senti, posso até falar como foi uma experiência avassaladora ficar quatro dias naquele deserto, sentindo coisas que eu jamais havia sentido, em cenários que eu jamais havia visto. Chegue à noite e me hospedei no incrível Awasi Atacama. No primeiro dia, fizemos o primeiro passeio logo pela manhã, com nosso guia, para a Lagoa Chaxa, cercada de sal por todos os lados (onde vivem os flamingos cor-de-rosa, dos quais eu já tinha ouvido falar com bastante entusiasmo). O silêncio naquele espaço escancarado, vazio, com cores pastel muito sutis, delicadas… Desde esse momento, com o silêncio que tocou fundo na minha alma, eu percebi que aqueles dias seriam transformadores para mim. 

“Desde o começo da viagem, a expectativa foi totalmente suplantada pela realidade: posso dizer que a vivência no Deserto do Atacama foi uma das mais fortes da minha vida”

Mas isso foi só o começo: depois foi uma sucessão de experiências impactantes e sensações fortes a cada mudança de cenário. Meus preferidos foram o Rainbow Valley, com o seu colorido sutil e delicado, o Moon Valley (o Vale da Lua), com a Pedra das Três Marias (uma formação de lítio e minerais), e o Jardim dos Cactos (uma montanha lotada deles). A quantidade de sal e quartzo no deserto mais seco do mundo tornava a cada dia a experiência mais especial. Sou uma mulher movida a emoção. Gosto de ser tocada, impactada. Gosto de sentir na minha alma o que eu estou vivendo. E a sensação da Cordilheira dos Andes misturada com o deserto, e a ausência total de nuvens, torna toda essa experiência muito única. 

Dá para perceber que o Atacama é um destino para viajantes que querem ir além, querem ser impactados por uma natureza de imensidão absoluta, tanto que um dos passeios mais celebrados acontece de noite, para ver estrelas, sob um céu incomparável no mundo graças à pouquíssima formação de nuvens. O passeio, que é recomendado só no último dia, em função dos 4.500 m de altitude, é para a região dos gêiseres. Mais uma experiência inesquecível, com a água borbulhando e o vapor saindo de dentro da terra. Não cheguei a ver um nascer nem um pôr do sol completo, e esse é apenas um dos motivos que me fazem querer voltar logo. Quero mais do vazio, do absoluto, do silêncio. Senti estar vivendo uma experiência que eu não conhecia e com a qual fazia tempo sonhava. 

Acredito sinceramente que viagens servem para isto: para que a gente volte transformado. Mexido. É bastante raro isso acontecer, mas é muito possível e está bem ao nosso alcance ‒ quase aqui do lado. O Atacama é sonho. A vida também é sonho.

Acesse o site do Awasi Atacama: awasi.com

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Ações de conservação do meio ambiente e ações sociais

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Awasi é Carbono Neutro.
Protegemos 340 hectares (840 acres) de floresta virgem e mata nativa nas áreas ao redor de nossos alojamentos em Iguaçu e na Patagônia. Estas florestas absorvem mais de 10.000 toneladas de dióxido de carbono por ano, uma quantidade superior às emissões geradas pelos nossos três alojamentos, bem como pelas viagens aéreas e de transferência realizadas pelos nossos funcionários e hóspedes. Você pode ler mais sobre isso em nosso blog.

No Awasi Patagonia, as terras protegidas ao redor do nosso alojamento funcionam como uma zona tampão entre o Parque Nacional Torres del Paine e as fazendas privadas, ampliando a área onde os animais podem circular com segurança. Isto protege a vida selvagem local, especialmente pumas, guanacos, condores e espécies menores, do perigo dos caçadores furtivos e da perda do seu habitat natural. Também protege o ecossistema, uma zona de transição da estepe patagônica para a floresta nativa de Lenga, da erosão da agricultura. A mais-valia é a oportunidade de ver alguns destes animais a passear pelas nossas Villas no seu habitat natural. Tudo isso é melhor explicado nestes dois pequenos vídeos: Awasi Reserve – Producing Nature e Puma Patrol in Patagônia, além de vários artigos sobre isso em nosso blog.

A área ao redor de Awasi Iguazu é uma das de maior biodiversidade da Argentina e provavelmente do mundo. É o lar de centenas de espécies endêmicas e de densa floresta tropical, por isso é de grande valor de conservação. Como mencionado, protegemos vários hectares de florestas tropicais de forma privada e nossos hóspedes podem explorar pequenas partes dessas terras para algumas das melhores possibilidades de observação de pássaros e vida selvagem, onde verificam câmeras de armadilhas e procuram rastros de animais. Também colaboramos com ONGs bem estabelecidas na área para proteger e reintroduzir a vida selvagem nativa em seu habitat natural. Também trabalhamos com as Comunidades Guarani locais em diversos projetos, como oficinas de arte para suas escolas e atividades com nossos hóspedes.

No seu conjunto, é também importante mencionar que aderimos aos United Nation’s 17 Objectives for Sustainabiliy, que incluem a erradicação da pobreza, a educação de qualidade e a igualdade de género, e estamos constantemente à procura de formas de melhorar.

Consulte: awasi.org

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